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Doutores da Alegria põem hospitais no ritmo de carnaval

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - "Você pensa que soro é água/ Soro não é água não/ Soro vem da enfermeira/ E água vem do ribeirão". É nesta toada que o ziriguidum dos animados Doutores da Alegria tem contagiado crianças em hospitais de São Paulo. A trupe dos palhaços da saúde lançou neste ano o Broco (e não Bloco) do Riso Frouxo, com visitas até o fim de março.

Na manhã de segunda-feira, 21, no Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, o pequeno Jackson, de 9 anos, era um dos mais empolgados foliões a seguir o cordão pelos corredores da instituição. Do quarto até a brinquedoteca, o menino era uma alegria só para quem estava há 11 dias internado, por causa de uma pneumonia. "Ele ama essas coisas. Foi atrás dos músicos e ficou todo feliz. É bom porque dá uma melhorada até no tratamento", avalia sua mãe, Maria Sebastiana da Silva, de 26 anos.

Os médicos concordam. "Quando a criança fica mais animada, mais bem-humorada, ela colabora mais com o tratamento. E isso ajuda na própria recuperação, é algo comprovado", afirma o pediatra Guilherme Trudes de Oliveira, do Santa Marcelina. "O hospital é, por natureza, um ambiente tenso e complicado. As ações dos Doutores da Alegria trazem uma leveza e uma descontração. Todo mundo brinca com todo mundo." Oliveira ressalta que não são só as crianças que ganham com a trupe: os médicos e enfermeiros também acabam ficando mais felizes. Prova disso é que o próprio doutor mostrou ser bom no ziriguidum e dançou com os foliões.

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Com apenas 2 anos de idade - e há um ano lutando contra um tumor no rim -, Gabriel também aprovou o barulho carnavalesco do hospital. "Ele gosta de música, adora um instrumento de percussão", disse a sua mãe, a cozinheira Silvia Leticia Pereira Alves, de 38 anos.

Para as ruas. A versão paulistana do bloco carnavalesco dos Doutores da Alegria foi criada neste ano, mas copia o que já acontece no Recife. "Lá, há dez anos os Doutores têm um grupo chamado Bloco do Miolinho Mole", conta o diretor artístico da organização, Ronaldo Aguiar. "Foi uma maneira que encontramos de nos aproximar da cultura local. Como aqui em São Paulo o carnaval de rua tem crescido, decidimos seguir o mesmo caminho."

Nos planos do grupo está sair às ruas no carnaval de 2018. "No Recife começamos no hospital e hoje também estamos no centro histórico. Vislumbramos movimento parecido aqui em São Paulo", adianta. Aguiar diz que o objetivo do Broco do Riso Frouxo é "subverter um pouco a realidade hospitalar". "Tratamos tudo com humor, para que aqueles que trabalham naquele universo também entrem nesse clima", explica. "Dentro dessa lógica, o carnaval é perfeito: trata-se de um evento que remete à memória, à alegria. No carnaval, todos colocam desejos e fantasias para fora, entram em um universo lúdico."

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Um concurso de marchinhas foi realizado entre os integrantes do grupo para eleger as músicas que seriam tocadas. Além da citada, ganharam outras duas. Uma diz: "A gente dança errado/ A gente se atrapalha/ Nós tarda/ Mas não falha". E a outra: "O cachorro late/ O gato mia/ Este é o bloco/ Dos Doutores da Alegria". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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