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De olho no chão e na mão dos foliões. Catadores de latinha fazem a festa no Carnaval!

De lata em lata eles enchem a sacola e ganham o dinheiro da família, que nem sempre é extra, pois costuma ser a única renda. Mas, há quem reclame do assédio dos trabalhadores

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Catadoras de latinhas de Muqui se dizem satisfeitas com o faturamento maior que rende o Carnaval. Foto: Djalma Viana.
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Em todos os cantos da folia eles são encontrados. Crianças, jovens, idosos, homens e mulheres, de todas as idades, ajudam na limpeza das ruas ou das praias, catando as latas para reciclagem. Latinhas que serão pesadas e trocadas por dinheiro.

Um olho no chão e outro nas mãos dos foliões. É assim que os catadores de latinhas passam o carnaval. De lata em lata eles enchem a sacola e ganham o dinheiro da família, que nem sempre é extra, pois costuma ser a única renda. Animada, ao som de marchinhas, dona Assunta fica atenta a cada lata do chão. “Não deixo passar nada. Mal abaixo a cabeça para recolher a latinha no chão, com medo de perder de vista as que estão nas mesas da praia”, comenta a mulher que aparenta uns 60 anos, em Piúma.

Em Muqui, o locutor de rádio Djalma Viana, no caminho para sua casa, não resistiu e registrou por volta das 3h30 deste domingo (7) o que ele chamou em rede social de ‘duas fofuras trabalhando’. “Pedi para fotografá-las e, logo depois do clique, uma delas me pediu: - Agradeça por mim a quem fez o carnaval. A gente vive de latinhas", contou Viana, emocionado.

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O carnaval é considerado pela maioria dos catadores como o período mais propício para ganhar um trocado a mais. Foto: Divulgação

O carnaval é considerado pela maioria dos catadores como o período mais propício para ganhar um trocado a mais. “As pessoas consomem muito. Tem que ficar esperto pra não perder nenhuma”, disse o adolescente Sebastião Júnior, de 17 anos, que ajudava a avó em Piúma, referindo-se às latinhas de cervejas e refrigerantes consumidas pelos foliões. “As pessoas não sabem como a gente é importante. A rua e a praia ficam limpas, a gente se diverte e ainda ganha um trocado”, completou Sebastião.

Mas, há quem reclame do assédio dos trabalhadores. “Eles nem esperam a gente terminar de beber e pedem a lata. Ficam esperando olhando pra gente. Causa até constrangimento”, desabafou uma turista carioca, em Marataízes.

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O que se sabe é que a concorrência é grande em todos os lugares, em praias ou praças de cidades do interior. São muitos catadores disputando uma lata para garantir um faturamento maior. E fica, assim, garantida uma boa parte da limpeza dos locais dos eventos.

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