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Sem acordo, motoristas decidem manter greve da Grande Vitória

Eles cruzaram os braços nesta segunda-feira e deixaram quase 700 mil passageiros sem transporte para ir para o trabalho. Nenhum ônibus saiu das garagens

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Sem acordo, greve continua na Grande Vitória Foto: TV Vitória
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Sem acordo, os motoristas da Grande Vitória decidiram manter a greve na Grande Vitória. Eles se reuniram nesta segunda-feira (9) no Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) com os empresários do setor. A audiência de conciliação, conduzida pelo desembargador Marcello Mancilha, não agradou a categoria que manteve a paralisação por tempo indeterminado. 

O desembargador Mancilha afirmou que o Tribunal não vai admitir o descumprimento da decisão liminar que determina o mínimo de 70% da frota de ônibus em circulação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e de 40% nos outros horários, sob pena de multa diária de R$ 30.000,00.

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De acordo com o magistrado, serão tomadas todas as medidas, administrativas e criminais, se necessário, para o cumprimento da liminar, inclusive bloqueio bancário. A liminar foi concedida pelo desembargador Jailson Pereira da Silva, na última sexta-feira (6/2).

O Sindirodoviários pediu a inclusão de outra operadora de plano de saúde, para que o trabalhador possa escolher a que mais lhe convém. As empresas, por sua vez, afirmaram não ter como negociar a inclusão de outra operadora, devido ao fato de estarem cumprindo tanto a negociação coletiva como a Sentença Normativa proferida pelo TRT-ES no final de 2014.

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O Ministério Público do Trabalho requereu encaminhamento de Notícia Crime à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para que adotem as medidas de apuração de eventual prática do crime de paralisação dolosa de trabalho de interesse coletivo.

Foi dado ao Sindirodoviários um prazo de 24 horas para contestar a ação. Após o período, o Ministério Público do Trabalho dará um parecer. Ainda não há data definida para o julgamento do processo, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Os rodoviários foram notificados nesta manhã da determinação de no mínimo de 70% da frota de ônibus em circulação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e de 40% nos outros horários, sob pena de multa diária de R$ 30 mil. A liminar foi concedida pelo desembargador Jailson Pereira da Silva. 

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De acordo com Edson Bastos, do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), a greve continua sem previsão de término.

"Queremos resolver, vamos conversar com a categoria nesta madrugada para saber que posição vamos tomar. Por enquanto não tem nenhum acordo, está muito cômodo para eles (patrões)".

O sindirodoviários deve se reunir nas garagens durante a madrugada para saber o que fazer com relação à quantidade do ônibus que vaio circular nas ruas.  

A greve é motivada pelo problema do pagamento do plano de saúde da categoria. 

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Segundo o presidente do Sindicato Carlos Louzada, os rodoviários querem que os patrões paguem o plano integralmente. "Tem gente morrendo e eles não pagam o plano de saúde todo, os motoristas não conseguem pagar o plano, é muito caro”, reclama o presidente Carlos Louzada.

Ilegalidade

O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) entrou com medidas judiciais pedindo que a greve dos rodoviários seja declarada como ilegal e ainda solicitou o aumento do  valor da multa de R$ 30 mil/dia para R$ 500 mil/dia e estendendo a responsabilidade pelo pagamento aos diretores do Sindirodoviários. 

Prejuízos

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A greve dos rodoviários, que teve início na madrugada desta segunda-feira (9), refletiu no comércio capixaba. De acordo com estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), os estabelecimentos deixam de vender, por dia, R$ 2,5 milhões por conta da paralisação. 

Lucro na rua 

Se por um lado o comércio sofreu prejuízos, os taxistas comemoraram a paralisação dos rodoviários. É que segundo o presidente do Sindicato Profissional dos Motoristas de Táxi do Estado do Espírito Santo (Sindtavi-ES), João Vailati Fidencio, houve um aumento de 40% no número das corridas. 

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