Capixaba que vive nos EUA relata drama com incêndios
Este já é o maior incêndio da história da cidade da Califórnia e o maior registrado próximo a uma área urbana nos Estados Unidos
Enquanto os municípios do Espírito Santo sofrem com as chuvas intensas que atingem a região, capixabas que vivem em Los Angeles, nos Estados Unidos, enfrentam o maior incêndio urbano já registrado na região.
Embora seja inverno no país, as temperaturas registradas este ano estão acima da média. Los Angeles, que já é uma região seca e com pouca chuva, enfrentou uma combinação de tempo seco, ventos de até 160 km/h e frio menos intenso, fatores que contribuíram para a propagação rápida das chamas.
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Este já é o maior incêndio da história da cidade da Califórnia e o maior registrado próximo a uma área urbana nos EUA.
A capixaba Ariane Vieira, que vive há seis anos nos Estados Unidos e há dois em Los Angeles, contou que a cidade amanheceu paralisada, com o impacto visível em todos os cantos.
"Foi tudo muito rápido. Em cerca de 20 minutos, o incêndio já é visto longe. Hoje parece que é feriado. Várias lojas estão fechadas, correios fechados", contou.
Até o final da tarde, as autoridades registraram cerca de 15 mil imóveis afetados, sendo 1.900 completamente destruídos.
Mais de 130 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas, e cinco mortes foram confirmadas. Embora more em uma área fora de perigo, Ariane afirmou que a situação está longe da normalidade.
Especialistas atribuem a eventos como este às mudanças climáticas, que têm intensificado fenômenos extremos. Segundo o ambientalista Fernando Schettino, o aumento da frequência e gravidade de desastres naturais como este é um reflexo direto do aquecimento global.
"Na Califórnia, um período antes dessa seca, teve muita chuva. Com isso, cresceu muito as matas, capim, que agora viram combustível para os incêndios", explicou.
*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record.