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Avião que caiu em Ubatuba pertence à família de fazendeiro de Goiás

Uma pessoa morreu (piloto) e outras quatro ficaram feridas, de acordo com o Corpo de Bombeiros

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução
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O avião de pequeno porte que caiu na manhã desta quinta-feira (9), na orla da Praia do Cruzeiro, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, pertence à família do produtor rural Nelvo Fries, de acordo com o Registro Aeronautico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Uma pessoa morreu (piloto) e outras quatro ficaram feridas, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Dentro do avião, estavam a empresária e filha de Nelvo Fries, Mireylle Fries, seu marido, Bruno Almeida Souza e dois filhos, além do piloto Paulo Seghetto, que morreu no acidente.

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Outras pessoas, que estavam em terra, também se feriram. Ainda não se sabe a identidade das vítimas.

Mireylle e a família sobreviveram e foram levados para a Santa Casa de Ubatuba. Detalhes do estado de saúde não foram divulgados.

A família Fries é muito conhecida no Centro-Oeste do Brasil, especialmente em Goiás e no Mato Grosso do Sul, por conta do patrimônio milionário que a família possui. 

Eles saíram do Estado do Rio Grande do Sul para o Centro-Oeste brasileiro nos anos 1970. A família ainda é fomentadora do Rotary Clube e do Centro de Tradições Gaúchas (CTG).

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Conforme a Força Aérea Brasileira (FAB), investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), braço regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência.

A aeronave, de prefixo PR-GFS e modelo Cessna Citation 525 CJ1, saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás (SWME), onde a família Fries atua, e tentou pousar em Ubatuba no fim da manhã desta quinta.

A Rede Voa, concessionária que administra o aeroporto da cidade, afirmou que a aeronave ultrapassou a pista, atravessou o alambrado e a cabeceira 09, indo em direção à Praia do Cruzeiro. 

"As condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista molhada", disse.

Segundo informações preliminares da concessionária, uma mulher e uma criança que estavam em terra teriam sido atingidas, mas o Corpo de Bombeiros afirma que apenas uma pessoa que estava fora do avião ficou ferida. Ela teria sido encaminhada para um hospital da região após apresentar uma fratura.

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Em entrevista à GloboNews, a capitã Karoline Magalhães, do Corpo de Bombeiros, afirmou que o piloto estava preso nas ferragens quando as equipes do Corpo de Bombeiros chegaram para atender à ocorrência.

Ele chegou a ser retirado - estava em parada cardiorrespiratória -, mas não resistiu aos ferimentos.

No interior da aeronave, seriam quatro passageiros de uma mesma família: pai, mãe e dois filhos (um menino e uma menina). 

"Eles foram socorridos e, aparentemente, (estão) estabilizados, conscientes e orientados", disse Karoline.

Eles foram encaminhados para a Santa Casa de Ubatuba.

Segundo informações da instituição, enviadas por meio da prefeitura de Ubatuba, há cinco vítimas do acidente no hospital, sendo três adultos e duas crianças.

A Santa Casa informou que um adulto está em estado grave e uma criança sob monitoramento, em situação "potencialmente grave".

Apuração do acidente

Vídeo obtido pelo Estadão por meio da Polícia Militar mostra o momento em que o avião de pequeno porte ultrapassa a pista do aeroporto de Ubatuba e explode na orla da praia do Cruzeiro, próximo a uma pista de skate. Ao explodir, uma nuvem de fumaça tomou conta do céu.

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O Corpo de Bombeiros não considera o acidente como uma queda, e sim como uma "excursão de pista", quando a aeronave sai da pista na hora do pouso ou da decolagem.

Com a situação controlada, o processo de remoção do avião pelos órgãos responsáveis estava previsto para começar ainda nesta quinta.

A Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, a Secretaria da Segurança, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados para atendimento no local.

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Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com operação negada para táxi aéreo.

A Força Aérea afirmou que, na ação inicial para apurar o ocorrido, que começa a ser realizada em Ubatuba, são utilizadas técnicas específicas, "conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação".

*Com informações do Estadão e Metrópoles

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