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Geral

Homens são 90% das vítimas de afogamento do ES; saiba os motivos

Além deste dado, a faixa etária que mais morre por este motivo é de jovens com até 29 anos

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
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Foto: Iures Wagmaker / Folha Vitória
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O assunto não pode ser outro com a chegada da estação mais quente do ano: praias, lagoas, rios, cachoeiras ou mesmo piscinas, tudo que envolva o meio aquático e que possa refrescar. 

Apesar disso, uma coisa é certa, na hora de misturar a cervejinha com um nado um pouco menos coordenado, a diversão pode se tornar um pesadelo.

Sobre o assunto, o Tenente Mendes, da diretoria de operações do Corpo de Bombeiros Militar, afirmou que, no Espírito Santo, 90,2% das vítimas de afogamento são do sexo masculino e apenas 9,2% são mulheres.

Além deste dado, a faixa etária que mais morre por este motivo é de jovens com até 29 anos.

“O homem se excede na bebida alcoólica e tem comportamentos que não teria se estivesse sóbrio, como exceder suas habilidades de natação ou capacidade física. No meio de uma travessia de uma lagoa, por exemplo, cansa, não consegue se manter flutuando e acaba se afogando. Esses dados foram contabilizados entre 2020 até a data de ontem (12)”, afirmou.

A autoridade ainda tratou de que, a cada 10 óbitos por afogamentos, sete não são no mar, mas em águas continentais, como lagoas, rios, barragens e açudes. 

No Espírito Santo, no entanto, a estatística é ainda mais preocupante: a cada 10 pessoas afogadas, oito morrem em meios aquáticos que não sejam o mar.

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Atenção a todos os banhistas

À reportagem do Folha Vitória, o Tenente também ressaltou que, para quem não sabe nadar, vale a máxima: “água no umbigo é sinal de perigo”. Segundo ele, se a água passa da altura do umbigo, o banhista perde a estabilidade e, se cair em um buraco, fica sem ter onde se segurar.

Para prevenir intercorrências e incidentes de afogamento, a autoridade dos bombeiros recomenda que se evite consumir bebida alcoólica antes de se dirigir ao ambiente aquático. Outra dica é dar preferência às praias com guarda-vidas.

“Chegando lá, deve-se procurar o posto onde fica o guarda-vidas e se informar. Por exemplo, avise que está com crianças e pergunte se está seguro entrar no mar. Este servidor dirá se o mar está tranquilo ou não naquele dia. É imprescindível respeitar as orientações dele”, disse.

Mendes reiterou que afogamento não é um acidente, mas sim um “incidente”, já que é um evento previsível e passível de prevenção. “A prevenção é a melhor forma de evitar o afogamento. Prevenir é salvar! Mais de 90% das mortes ocorrem porque os riscos foram ignorados, ou não foram respeitados limites pessoais ou, ainda, porque não se sabia como agir”, alertou.

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Além de tudo, Mendes recomendou especial atenção em barcos, dizendo ser muito importante usar colete, mesmo que sejam para pedalinhos, caiaques, ou stand up. 

“Só devem usar barcos e equipamentos de pessoas que usem colete. Quanto menor a embarcação, mais importante usar. Por exemplo, é muito comum um caiaque virar. E é fundamental usar colete do tipo rígido e não confiar em boias infláveis”, concluiu.

Confira mais dicas:

1. Prefira praias que sejam protegidas pelo serviço de Guarda Vidas, consulte-o sobre as condições de segurança para o banho no local;
2. Se consumir bebidas alcoólicas não nade;
3. Não exceda suas capacidades físicas e habilidades de natação se afastando da margem ou tentando travessias;
4. Se não souber nadar lembre-se: "água no umbigo sinal de perigo!"
5. Crianças necessitam de supervisão direta de um adulto - a distância segura é de um braço de afastamento para que haja uma pronta resposta;
6. Evite boias infláveis, ela podem esvaziar ou furar, dê preferência a coletes flutuadores rígidos;
7. Use sempre coletes salva vidas se estiver embarcado, mesmo em pequenas embarcações como canoas ou caiaques;
8. Muita atenção em cascatas e cachoeiras, as rochas são altamente escorregadias facilitando quedas, eventuais traumas e também afogamentos;
9. Se precisar ajudar alguém que esteja se afogando, não faça contato corpo a corpo, lance objetos flutuantes como cordas, galhos, bolas, garrafa pet vazia e fechada, pranchas, etc. Além de tudo, ligue para o 193.
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