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Unidade de Vigilância de Cachoeiro orienta sobre combate ao caramujo africano

O caramujo africano não morde, não pica e não tem veneno, mas existe o risco de o animal transmitir doenças para o homem

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação/PMCI
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A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Cachoeiro de Itapemirim alerta sobre o risco de proliferação de caramujos africanos (Achatina fulica) durante o verão, visto que as condições climáticas desta estação favorecem a sobrevivência do animal.

O órgão destaca que, para um efetivo controle, além das ações já realizadas por suas equipes, o apoio da população é determinante.

O caramujo africano não morde, não pica e não tem veneno, mas existe o risco de o animal transmitir doenças para o homem, razão pela qual se recomenda o uso de luvas de borracha ao manuseá-lo.

“Ao encontrar caramujos, os moradores devem coletá-los manualmente, utilizando luvas de borracha, ou similar, e os colocar em um recipiente como balde ou saco. Os melhores horários para o procedimento são pela manhã, bem cedo, ou no fim da tarde, pois, como os demais moluscos terrestres, o caramujo africano evita a exposição ao sol forte, que o desidrata”, explica Fábio Gava, gerente da UVZ.

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Ele também esclarece que, uma vez coletados, os moluscos devem ter suas conchas quebradas com um martelo ou outro instrumento do tipo. “Depois, cave um buraco no terreno e coloque em seu interior, sempre que possível, uma pá de cal virgem, para evitar a contaminação do lençol freático, principalmente no caso de ser coletada uma grande quantidade de exemplares”, orienta.

Gava ressalta que é importante coletar, também, os ovos do caramujo, que são encontrados semienterrados no solo. “Os ovos são facilmente reconhecidos, pois têm aproximadamente cinco milímetros de diâmetro, forma arredondada, casca calcária amarelada e geralmente são encontrados em grande número”, ensina o gerente da UVZ.

Ainda de acordo com Fábio, caso não seja possível enterrar os caramujos e os ovos coletados, todos, depois de destruídos, devem ser lacrados em sacos, que deverão ficar separados do lixo doméstico, e em seguida entregues ao sistema de coleta.

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“O controle periódico é fundamental e, para tanto, a operação deve ser repetida sempre que novos caramujos forem localizados. Um único caramujo pode colocar até 400 ovos por desova, o que acarreta uma rápida reinfestação no ambiente”, finaliza.

Reclamações quanto ao surgimento desses animais podem ser feitas por meio da Ouvidoria Municipal, pelo telefone 156, que as encaminhará à Unidade de Vigilância de Zoonoses para providências.

Outras dicas

- Não use sal para controlar os caramujos, para evitar a salinização do solo, o que poderá destruir gramados e outras plantas por muito tempo;

- Não utilize moluscicidas ou venenos, pois são muito tóxicos e outros animais e mesmo pessoas podem ser contaminados e até morrer;

- A incineração dos exemplares também pode ser feita, desde que sejam tomados os devidos cuidados para se evitar acidentes durante o procedimento ou mesmo evitar que o fogo se espalhe. Mesmo quando incineradas, as conchas dos animais devem ser quebradas, para que não se tornem criadouros de larvas de insetos, como os da dengue, da malária, etc;

- Não coma caramujos encontrados livres no ambiente, crus ou que tenham sido mal cozidos;

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- Em caso de contato com o caramujo ou do contato de seu muco direto com a pele, basta lavar bem a área com água e sabão;

- Uma das formas de evitar transmissão de zoonoses (angiostrongilose abdominal e meningoencefalite eosinofílica) pelo caramujo africano é a higienização de verduras, frutas e legumes consumidos crus: lave bem esses alimentos em água corrente e deixe-os de molho por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 1% (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 1 litro de água filtrada). 

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