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Caso Samarco: Pescadores afetados terão auxílio abatido de indenizações de 2018

Estadão Conteudo

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Os pescadores que foram prejudicados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), terão descontados de suas indenizações anuais (lucros cessantes) o pagamento dos auxílios mensais concedidos pela Fundação Renova, nos moldes da decisão liminar proferida pela Justiça, disse o gerente jurídico da fundação, Leonardo Gandara, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O desconto, segundo o funcionário da fundação, que foi criada para executar a reparação dos danos provocados pelo rompimento da barragem, deve ser feito nos pagamentos referente às indenizações de 2018. "A fundação fará o contato com cada um dos atingidos para iniciar a partir de fevereiro o pagamento". A decisão não é retroativa, mas terá efeito nas indenizações futuras. Ainda cabe recurso.

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Uma liminar deferida pelo juiz Federal Mário de Paula Franco Júnior, da 12ª Vara Federal de Minas Gerais, em 27 de dezembro, permitiu que a Renova descontasse os valores, alterando cerca de 2.500 acordos firmados entre a fundação e os pescadores de Minas Gerais e Espírito Santo. Os pescadores dizem que a mudança vai na direção contrária ao que foi acordado e afirmaram que vão recorrer. A liminar foi concedida à Samarco, que foi quem efetivamente fez o pedido judicial.

O lucro cessante corresponde à renda que deixou de ser recebida pelos pescadores no ano em função do seu ofício e trabalho, que foi interrompido após o rompimento da barragem despejar toneladas de rejeitos de mineração no Rio Doce. Gandara explicou que o pagamento é uma das indenizações. "A pessoa pode ter tido outros danos, como perdido um bem, e isso não tem a ver com o lucro cessante", ponderou.

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A decisão liminar estabelece que não há diferença entre a natureza do Auxílio Financeiro Emergencial e a do Lucro Cessante, pois ambos se destinam a reparar a perda de renda dos atingidos em decorrência do rompimento.

O advogado representante das Colônias e da Federação de Pescadores, Leonardo Amarante, disse que nenhum dos pescadores que fizeram os acordos foram consultados. "Como é que depois que você formaliza uma negociação, estabelece as linhas estruturais de um acordo, você muda tudo? É muito complicado. Isso vai suscitar uma montanha de processos", disse o advogado, em entrevista recente ao Broadcast.

Segundo Gandara, a discussão sobre o abate do auxílio da parcela anual é antiga e vem desde 2017. "Ela não foi uma discussão recente. Talvez seja a mais antiga no CIF (Comitê Interfederativo, principal instância interno de interlocução dos órgãos públicos com a Fundação)".

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Questionado se os pescadores foram de fato consultados, Gandara disse que há representantes de órgãos governamentais no CIF, representado por órgãos da administração pública federal, dos estados, algumas prefeituras e defensorias públicas. Segundo Gandara, "discutimos isso com os atores institucionais que eram legitimados para discutir esse assunto conosco. Não tínhamos um mandato para discutir com pescador, tá? Esse é o papel que eu acho que tem de ter uma divisão exata... de qual é o papel de quem está nessa discussão. Nosso papel foi discutir de forma ampla, transparente, aberta e com todos os dados na mesa", disse.

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