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Doria diz que vai manter aumento da tarifa e que não teme protestos

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 4, que vai manter o aumento no valor da tarifa do transporte público na cidade, que passam de R$ 3,80 para R$ 4,00 no próximo domingo, 7.

O Movimento Passe Livre (MPL) já tem protesto marcado para o dia 11, mas Doria descartou possibilidade de adesão como ocorreu em 2013. Naquele ano, o aumento também foi de R$ 0,20 e as manifestações contrárias à medida duraram 22 dias, levando ao recuo do então prefeito Fernando Haddad (PT) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Em entrevista exclusiva à Rádio Eldorado, o prefeito reafirmou que a última alteração na tarifa havia ocorrido em janeiro de 2016 e disse acreditar que a população vai entender o aumento, minimizando a possibilidade de grandes protestos. "Não vejo perspectivas de profunda adesão (a protestos), sobretudo na população mais sensível e que compreende que esses 20 centavos, além de facilitarem o troco, representam 30% abaixo da inflação acumulada em dois anos". Se a correção fosse aplicada, o preço da passagem subiria para R$ 4,14. O subsídio dos ônibus pela Prefeitura é de R$ 2,1 bilhões.

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Em 2017, o valor unitário das passagens ficou congelado em R$ 3,80. Segundo Doria, a economia do País passa por outra situação, com aumento da taxa de empregos, inflação sob controle e expectativa de crescimento em 2018.

"Não é nada a celebrar, mas a situação de declínio, de descontrole da economia que havia até o encerramento do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (agosto de 2016) já não se vê mais", afirmou. "Tem uma circunstância psicológica melhor no País". O prefeito disse ainda que nenhuma alteração em relação à gratuidade está prevista.

A definição da cobrança de R$ 4 a partir do dia 7, voltou a causar atritos entre equipes do governador Alckmin e do prefeito. Com o prefeito e o vice, Bruno Covas, também do PSDB, viajando de férias, coube a Alckmin, e apenas a ele, ser questionado, no dia 28 de dezembro, sobre o reajuste de 5,26% nas passagens para 2018.

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A viagem de Doria e Covas ainda fez com que, na ausência dos dois, coubesse ao presidente da Câmara Municipal da capital, Milton Leite (DEM), prefeito em exercício, aprovar o envio do ofício que informa ao Legislativo os valores da nova planilha tarifária.

Para evitar tantas trocas de papéis, o Palácio dos Bandeirantes chegou a cogitar adiar o anúncio, mas o vazamento da informação fez com que a ideia fosse descartada. Com a notícia publicada, Alckmin teve de tratar do assunto com Milton Leite e ambos decidiram então soltar notas oficiais.

Questionado sobre a possibilidade de candidatar-se ao governo do Estado de São Paulo ou à Presidência, Doria disse que sua intenção é continuar como prefeito. Sobre a polêmica do viaduto que recebeu o nome da ex-primeira dama Marisa Letícia, reafirmou acreditar que ela "não fez por merecer" a homenagem. "Ela foi envolvida em processos criminais ao lado do marido. Não creio que uma pessoa com histórico dessa natureza deva merecer homenagem com seu nome em um viaduto", disse.

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Fazendo um balanço de sua gestão, o prefeito avaliou positivamente o Corujão da Saúde, que segundo ele zerou a fila de 485 mil pessoas que aguardavam por exames de imagem em 83 dias. Doria falou ainda do Corujão da Cirurgia, que já realizou 20 mil operações até o momento em horários não convencionais. Nos dois programas, a Prefeitura mantém centros cirúrgicos de hospitais funcionando 24 horas por dia, todos os dias da semana.

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