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Quarta pessoa é atingida por bala perdida no Rio desde sábado

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio de Janeiro - William Robaiana da Silva, de 35 anos, foi atingido na barriga por uma bala perdida, por volta das 7h30 desta quinta-feira, em Santa Cruz (zona oeste do Rio). Ele sobreviveu, mas estava internado em estado grave. William é a quarta pessoa ferida por bala perdida no Rio de Janeiro desde o último sábado. Duas vítimas morreram.

William estava em um ponto de ônibus na avenida Cesário de Melo, perto da estação Cesarão 1 do BRT Transoeste, quando foi atingido. Naquele momento, a Polícia Militar fazia uma operação de combate ao tráfico na favela do Rola, que fica próximo dali, e ocorria um tiroteio entre policiais e criminosos. Ainda não se sabe de onde partiu o tiro que atingiu William.

Consciente, a vítima embarcou numa van e seguiu, por conta própria, rumo ao Hospital Pedro II, no mesmo bairro. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, William chegou à unidade de saúde às 7h50, com ferimento grave no fígado, provocada pelo tiro. Submetido a cirurgia, até o final da tarde ele estava em estado grave, internado na UTI. A sequência de casos de bala perdida começou na tarde do último sábado, quando Larissa de Carvalho, de 4 anos, foi atingida na cabeça. Ela saía de um restaurante em Bangu, na zona oeste, e estava acompanhada pela mãe e pelo padrasto. Larissa também foi socorrida no Hospital Pedro II, o mesmo onde William está internado, e teve morte cerebral confirmada na manhã de domingo.

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No mesmo sábado, horas depois, também em Bangu, Carlos Eduardo Rodrigues de Paula, de 33 anos, foi baleado enquanto seguia para uma lanchonete. Ele está internado no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, município da Região Metropolitana. No domingo, o estudante Asafe Willian Costa de Ibrahim, de 9 anos, foi atingido na cabeça por uma bala perdida. Ele estava na área de lazer de uma unidade do Sesi em Honório Gurgel, na zona norte. Depois de nadar, acompanhado pela mãe, ele saiu para beber água em um bebedouro perto da piscina. Nesse momento ouviu-se um tiroteio na vizinhança, provavelmente causado por traficantes de quadrilhas rivais, e o menino foi atingido. Ele caiu e foi levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (mesma região). Dali foi transferido ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), mas anteontem sofreu morte cerebral.

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A Polícia Civil investiga os quatro casos, mas até agora não identificou o autor de nenhum dos tiros. No caso de Larissa, em função da trajetória da bala, a polícia acredita que o tiro foi disparado para o alto e atingiu a menina ao cair.

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