Review | Unknown 9: Awakening é bom mas poderia ser melhor
Apesar de apresentar ideias interessantes e visuais impressionantes, o jogo tropeça em sua execução
Desenvolvido pela Reflector Entertainment e publicado pela Bandai Namco Entertainment, Unknown 9: Awakening prometia oferecer uma experiência única em meio a um mercado saturado de franquias consagradas.
Infelizmente, apesar de apresentar ideias interessantes e visuais impressionantes, o jogo tropeça em sua execução narrativa e em elementos de jogabilidade, ficando aquém de suas ambições. Apesar disso, vale a pena ser jogado.
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Narrativa: poderia ser mais cadenciado
O enredo acompanha Haroona, uma jovem com habilidades sobrenaturais que enfrenta a organização vilã Ascendants sob a orientação de sua mentora, Reika.
Embora a premissa tenha potencial, o jogo se apressa em introduzir seus personagens e conflitos, sacrificando um desenvolvimento mais profundo. A ausência de uma construção sólida de mundo e de uma conexão emocional com os protagonistas prejudica a experiência.
Jogos narrativos como God of War e Horizon Zero Dawn mostram como é possível construir uma base narrativa sólida antes de mergulhar na ação. Em contrapartida, Unknown 9 parece mais interessado em acelerar o ritmo, negligenciando a oportunidade de criar um universo imersivo e personagens cativantes.
Se for um ponto positivo, é mais ação e menos enrolação.
Jogabilidade: ideias promissoras
A jogabilidade de Unknown 9: Awakening traz algumas mecânicas (muito) interessantes, como o uso de habilidades metafísicas de Haroona para manipular objetos, acender fogueiras e até controlar temporariamente inimigos.
Essas ações proporcionam momentos estratégicos e criativos, mas a repetição e a simplicidade de combate corpo a corpo acabam limitando a profundidade da experiência.
Os inimigos, apesar de bem contextualizados no mundo do jogo, seguem padrões previsíveis e pouco desafiadores. A falta de variedade nos combates torna a progressão monótona, com poucas surpresas ou desafios marcantes.
Aspectos técnicos: visuais e atuação como destaques
Visualmente, Unknown 9 impressiona com cenários detalhados, especialmente em áreas como florestas e desertos. A ambientação é rica, remetendo a jogos como Horizon Zero Dawn.
A atuação dos personagens também é um ponto forte, transmitindo uma energia similar à de filmes de ação dos anos 90 e a participação da atriz Anya Chalotra (a Yennefer de The Witcher) só melhora mais ainda o jogo.
VEREDITO
Unknown 9: Awakening é uma experiência que poderia ter atingido todo o seu potencial. Enquanto a jogabilidade traz conceitos criativos e os visuais são deslumbrantes, a narrativa apressada e a falta de profundidade no combate e nos inimigos prejudicam a obra como um todo.
Com mais tempo para refinar sua história e melhorar sua execução, o jogo poderia ter sido uma entrada memorável no gênero de ação e aventura. Esperemos que suas sequências tragam estas melhorias.
Nota final: 8/10
Review feito na versão PC do jogo