Review | Dragon Quest III Remake: Um clássico revitalizado com modernidade
Reviva a nostalgia do RPG que definiu o gênero, agora com gráficos HD-2D e jogabilidade refinada.
O remake de Dragon Quest III chegou em 2024 como uma revitalização do clássico que moldou o gênero JRPG. Desde seu lançamento original no NES em 1988, o jogo foi revisitado em diferentes plataformas, mas nunca com tamanha sofisticação. Agora, o HD-2D Remake combina a essência da aventura nostálgica com visuais modernos e melhorias significativas na jogabilidade.
O jogo oferece uma experiência envolvente com um sistema de classes robusto e uma progressão não linear, características que consolidaram sua fama ao longo das décadas. Além disso, esta nova versão traz mecânicas atualizadas, melhorias na interface e uma trilha sonora reimaginada.
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Sistema de classes: Flexibilidade e estratégia
Em Dragon Quest III Remake, o jogador controla um protagonista silencioso que pode recrutar até três companheiros, escolhidos entre oito classes disponíveis. O sistema de reclassificação, que permite redefinir as habilidades dos aliados ao custo de reduzir suas estatísticas, é uma das mecânicas mais estratégicas do jogo.
O herói principal funciona como uma unidade equilibrada, desempenhando papéis de ataque, cura e magia, mas sem se destacar em nenhuma dessas áreas. Essa abordagem incentiva o uso estratégico dos aliados, que podem superar o protagonista em poder conforme evoluem.
Combate automatizado: Simplicidade eficiente
Um dos destaques do remake é o sistema de combate automatizado, que permite configurar arquétipos de comportamento para os personagens. Com isso, aliados podem se adaptar rapidamente durante as batalhas, especialmente em situações críticas, como curar um membro ferido.
Essa funcionalidade é ideal para jogadores que desejam focar na estratégia geral em vez de micro gerenciar cada ação. Contudo, seria interessante se houvesse uma opção para desativar habilidades específicas, evitando desperdício de recursos em momentos impróprios.
Exploração e narrativa minimalista
O jogo é dividido em três atos e um conteúdo adicional pós-campanha. Após o primeiro ato, a aquisição de um navio transforma o progresso em uma experiência aberta, onde os jogadores podem optar por seguir marcadores de missões ou explorar livremente com base em pistas obtidas com NPCs.
Embora a narrativa seja discreta, há momentos emocionantes que surgem naturalmente da jornada. A progressão é focada na coleta de itens importantes, em vez de um aprofundamento em arcos de personagens.
Melhorias e críticas ao conteúdo adicional
Entre as melhorias de qualidade de vida, estão o salvamento automático, o retorno imediato após a derrota e o escalonamento do poder das magias com base no atributo de Sabedoria. Esses ajustes tornam o remake mais acessível e menos frustrante para novos jogadores.
No entanto, algumas áreas deixam a desejar, como uma das dungeons extras. Com desafios desbalanceados, teletransportadores confusos e mecânicas que enfraquecem metade do grupo, esse conteúdo se distancia da experiência fluida do restante do jogo.
Monster Arena e o impacto do Wrangler
A Monster Arena é uma atividade paralela que recompensa os jogadores com combates simplificados entre monstros aliados, capturados ao longo da jornada. O Wrangler, classe responsável por gerenciar esses monstros, se destaca pela versatilidade e habilidades poderosas, como o ataque "Pile-On", que escala de acordo com o número de criaturas capturadas.
Essa mecânica, no entanto, carece de balanceamento, tornando o Wrangler uma escolha dominante em comparação com outras classes.
Retornos e ausências no remake
Entre as novidades, o retorno do sistema de personalidades, introduzido na versão para SNES, permite influenciar as estatísticas dos personagens. No entanto, a funcionalidade é opcional e não impacta significativamente a experiência de jogo.
Por outro lado, algumas características de versões anteriores, como os minigames de Pachisi e a coleta de medalhas de monstros, ficaram de fora. Essas ausências, no entanto, não prejudicam a experiência geral.
VEREDITO
Com gráficos deslumbrantes, trilha sonora imersiva e uma jogabilidade que equilibra nostalgia e modernidade, Dragon Quest III Remake reafirma sua relevância como um dos maiores ícones dos RPGs. Apesar de alguns problemas de balanceamento e conteúdo adicional dispensável, o jogo entrega uma aventura sólida e acessível para veteranos e novatos.
Seja você um fã de longa data ou um jogador curioso para explorar um clássico, essa é a versão definitiva para mergulhar nesse universo épico.
NOTA 9/10
Review feito na versão PC