Review de Gestalt: Steam & Cinder – Vale a pena jogar?

O mundo dos games Metroidvania viveu um grande renascimento nos últimos anos. Com o sucesso de títulos como Hollow Knight e Ori and the Blind Forest, o gênero voltou a ganhar relevância. 

Nesse cenário, Gestalt: Steam & Cinder, desenvolvido pela Metamorphosis Games, tenta capturar a essência dos clássicos. Mas será que ele se destaca ou acaba ofuscado por títulos mais consagrados?

A apresentação impressiona, mas o enredo se perde

Desde o primeiro trailer de Gestalt: Steam & Cinder, ficou claro que a apresentação seria um dos pontos fortes. Com uma estética que remete aos jogos clássicos de Castlevania e Mega Man Zero do Game Boy Advance e Nintendo DS, o jogo encanta visualmente, aliado a uma trilha sonora envolvente. 

No entanto, o enredo, que se passa em um mundo pós-apocalíptico movido a vapor, se torna excessivamente complexo com o passar do tempo, repleto de diálogos longos e exposição que podem acabar cansando o jogador. 

Me peguei em diversos momentos no clássico “Skip” para poder continuar a jogar e desvendar mais do mundo do jogo.

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Jogabilidade sólida mantém o interesse

A mecânica de Gestalt: Steam & Cinder é onde ele realmente brilha. O controle dos personagens é preciso, e tanto o plataforming quanto o combate são bem fluídos. Conforme progredimos, vamos desbloqueando novas habilidades por meio de uma árvore de habilidades, expandindo as possibilidades de combate. 

Porém, a falta de desafios reais, torna o progresso menos recompensador. Após dominar os padrões iniciais dos chefes e dos movimentos da protagonista, a dificuldade do jogo diminui consideravelmente.

Falta de exploração e narrativa arrastada

Embora muitos jogadores esperem um vasto mundo para explorar em um Metroidvania, Gestalt: Steam & Cinder oferece poucas opções de rotas secundárias, e aquelas que existem não trazem recompensas significativas. 

A falta de necessidade de upgrades e consumíveis também enfraquece a experiência, e a abertura tardia do sistema de fast travel prejudica o ritmo do jogo, tornando a exploração desnecessariamente demorada.

Um Metroidvania polido, mas com limitações

Com cerca de 8 a 9 horas de jogo, Gestalt: Steam & Cinder é uma experiência curta, mas com um alto grau de polimento. Os problemas com a narrativa arrastada e a falta de um verdadeiro desafio tornam a experiência menos impactante, mas não mancham o título. Aqueles que buscam um Metroidvania simples e bem construído podem encontrar em Gestalt uma ótima adição à sua biblioteca.

VEREDITO

Infelizmente, o final abrupto e o gancho claro para uma sequência deixam uma sensação de incompletude. Resta saber se a Metamorphosis Games conseguirá entregar um enredo mais coeso em um futuro jogo, mas, por enquanto, Gestalt: Steam & Cinder é um jogo que, apesar de seus defeitos, vale muito a pena ser conferido para fãs do gênero.

NOTA: 8/10

Review feito na versão PC Steam