Jogamos (muito) o PlayStation VR2: confira nossa análise completa

Hoje vamos falar um pouco sobre o PS VR2, mas antes, preciso dizer que essa análise vem de alguém acostumado a esse tipo de tecnologia. Comecei a ter contato com dispositivos VR ainda nos anos 90 e na “onda” atual, tive acesso a diversos modelos, tendo em casa desde o lançamento o Oculus DK1 em 2013 e de lá para cá, a maioria dos modelos interessantes parao consumidor. Então já tive a oportunidade de experimentar diversos headsets de realidade virtual (VR), e posso compartilhar minhas impressões sobre o Sony Playstation VR 2 em comparação com outros modelos populares, e escolhi o PSVR de primeira geração, assim como o Quest 2 e Pico Neo 4 como bons parâmetros para os comentários.

VR no Playstation 5

A primeira coisa que preciso frisar é que se você é acostumado a VR no PC, a versão para Playstation 5 pode ganhar você pela praticidade, é algo bastante “plugue e use”, sem configurações complexas ou dificuldades para afinar a experiência. 

Estamos falando de um pacote que poderá se manuseado por um leigo e atingir resultados práticos similares as melhores experiências que um PC forte com um bom headset pode oferecer, sem as horas de ajustes e configurações que ele precisa para te entregar aquele resultado “afinado”. Controles, posicionamento, interação, tudo é preparado para não exigir de você, apenas deixar você aproveitar a experiência como ela foi feita para ser vivida.

Em termos de dispositivo Sony Playstation VR 2 é um grande avanço em relação ao seu antecessor. Com uma resolução aprimorada, maior campo de visão e taxas de atualização mais altas, proporciona uma experiência muito mais imersiva que a antiga versão. A qualidade visual é mais nítida e as cores vibrantes graças a sua tela OLED única, assim como as distorções de lente que melhoraram e ficaram bem menos perceptíveis. 

O rastreamento dos movimentos ganhou muito em precisão e sendo também mais responsivo, proporciona uma sensação de presença mais realista, e como novidade o dispositivo tem rastreamento de olhos integrado o que abre uma série de possibilidades para serem exploradas em jogos e outros tipo de produto que a Sony possa lançar mas que imediatamente traz um benefício chamado “Foveated Rendering” permitindo entregar mais detalhes ajustando a experiência e compensando distorções considerando o ponto para onde o usuário esta de fato olhando. 

Não há outros dispositivos domésticos com o recurso, pelo menos não que tenhamos conhecimento no momento desse review e mesmo que haja a possibilidade, seria necessário software compatível, que na prática, apenas a Sony está entregando.

Comparativo com outros tipos de headsets

Considerando que os dispositivos VR vieram para ficar, temos diversos estilos de experiências, e atualmente, o PS VR2 não tem concorrentes nos consoles, sendo a maneira mais fácil de você ingressar em grandes experiências com toda a praticidade que só um console pode entregar.

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O mercado, no entanto, tem seus nichos e hoje é bastante comum encontrarmos headsets independentes, que funcionam sem precisar estarem conectados a PCs ou Consoles. Entre os mais comentados estão o Oculus Quest 2 e a linha Pico Neo 3 e 4 que recentemente está ganhando bastante notoriedade. Nesse tipo de dispositivo você pode ter as experiências “sem fios” ou outras dependências, ou conectar a um PC para acessar conteúdos mais complexos.

Comparado ao Quest 2, o Playstation VR 2 se destaca pela qualidade gráfica superior. Enquanto o Quest 2 oferece uma experiência sem fio conveniente, o Playstation VR 2 compensa com visuais mais detalhados e uma biblioteca de jogos exclusivos do console, conhecidos por sua qualidade. 

Então aqui, com a ajuda do PS5 que tem hardware muito superior ao Quest 2, você interagirá em mundos bem mais complexos. Entenda que não há como os conteúdos próprios do Quest 2 rivalizarem com jogos como Horizon Zero Dawn porém, analisando o Quest 2 conectado a um PC forte rodando jogos tão complexos quanto os do PS5, ainda damos alguma vantagem a proposta da Sony com o PS VR2. Além de ser mais simples ir da vontade ao jogo rodando, o PS VR2 vai entregar um campo visual maior, 110º de diagonal contra apenas 97º do Quest 2 e que fazem muita diferença no uso, te dando uma sensação de “estar lá” realmente superior.

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Agora em comparação com o Pico Neo 4, o modelo chinês aparece bem, assim como seu antecessor o Pico Neo 3, e é como uma alternativa de baixo custo e ótimos resultados, mas o Playstation VR 2 ainda se destaca pela qualidade e pela experiência geral facilitada. 

Embora o Pico Neo 4 seja um headset independente e nesse modo não entregar nada tão complexo como os conteúdos da Sony, ligado a um PC ele se próxima bastante da experiência do PS VR2, ajudado pelo tipo especial de lentes desenvolvido para o modelo ele é bastante imersivo com seus 104º de campo de visão (ainda um pouco abaixo dos excelentes 110º do PS VR2) e, com custo mais baixo, porém, exigirá de você bastante dedicação em configurações, atualizações e será dependente de softwares extras para streaming de imagem e da plataforma Steam para rodar conteúdo VR. Todo esse trabalho pode ser um pouco frustrante dependendo do tipo de usuário que você é, sem falar que a loja oficial para o conteúdo “sem fio” exigirá cartão internacional e aplicativos no celular para fazer compras, outro fator de complicação.

Em resumo, o Sony Playstation VR 2 é uma escolha sólida para os entusiastas de VR que procuram uma experiência imersiva de alta qualidade com a grande vantagem de ser “sem stress”, você senta e joga. Com seus recursos avançados, compatibilidade com o PlayStation 5 e uma extensa biblioteca de jogos, o Playstation VR 2 se destaca em comparação com o Quest 2, e os modelos Pico Neo 3 e mesmo o 4, tanto em campo de visão quanto em qualidade de imagem, proporcionando uma experiência de realidade virtual excepcional.

Foi de longe o jeito mais simples que já interagi com um dispositivo VR, e os resultados estão acima do que o mercado oferece na mesma faixa de preço ou em comparações a dispositivos “stand alone” mais famosos como os que comentei acima. Se você tem um PS5, não precisa nem pensar duas vezes, é a melhor escolha. Caso ainda não, mas está pensando em investir em uma experiência VR de qualidade focada em games, não tenha dúvida, não existe nada tão prático e fácil de usar, entregando o grau de imersão e experiência que o PS VR2 entrega.