Confira curiosidades de Ghost of Tsushima, que completa 3 anos

Combinando realismo, importantes fatos históricos e um mergulho na cultura feudal japonesa, com inspirações em filmes e quadrinhos, o título marcou a geração do PS4 e segue sendo um dos mais jogados no PlayStation Plus, serviço de assinatura de jogos da PlayStation

Nesta segunda-feira, 17 de julho, Ghost of Tsushima completa três anos desde seu lançamento. De lá para cá, foram 13 prêmios, incluindo reconhecimentos no Game Awards 2020 e no 24º DICE Awards, realizado em 2021. De melhor direção de arte a melhor composição musical original, o jogo teve o poder de levantar, em pouco tempo, uma legião de fãs que ficaram encantados com a riqueza de detalhes, ambientação e enredo que os desenvolvedores da Sucker Punch Productions se preocuparam em entregar para o público.

A prova disso foi que, logo após o lançamento, o jogo alcançou a maior pontuação de usuários da geração do PS4 no Metacritic, conhecido site americano que é referência em agregar críticas de games, filmes, programas de TV, livros etc. A história de Ghost of Tsushima acompanha a jornada do personagem Jin Sakai, um samurai que precisa proteger a Ilha de Tsushima, no Japão, durante a primeira invasão mongol no país ainda feudal. O personagem se vê dividido entre escolher seguir o código do guerreiro para lutar honradamente ou usar métodos desonrosos para matar os invasores e deter a destruição de seu povo.

O jogo traz referências das telas de cinema, quadrinhos e informações históricas marcantes, que demandaram muita pesquisa e empenho de toda equipe desenvolvedora. Mas, afinal, quais elementos fizeram de Ghost of Tsushima um jogo referência no mundo dos games?

Inspirado em fatos históricos reais: as invasões mongóis no Japão

A narrativa do jogo é ambientada no séc. XIII, período em que o território japonês foi invadido pelo Império Mongol. Lideradas por Kublai Khan, quinto grão-cã e neto do famoso Gengis Khan, fundador da Dinastia Mongol que deu início ao maior império de terras contiguas da história, as operações militares de invasão retratadas no game são de grande importância histórica, porque expressam um ponto chave no rumo da história do país oriental como nação.

A invasão mongol já serviu como referência em muitas outras obras de ficção, principalmente por apresentar uma das primeiras evidências da utilização de pólvora em guerras fora da antiga China. No jogo, inclusive, é possível utilizar explosivos como táticas de combate para deter o avanço dos mongóis no território japonês.

A verdadeira invasão mongol foi frustrada por um furacão, e não por uma resistência de rebeldes lideradas pelo “ghost”, como o game propõe ficcionalmente em sua gameplay. Os desenvolvedores da Sucker Punch Productions reconheceram isto quando construíram a katana de Jin, que tem gravações com desenhos de ventanias e tempestades.

Narrativa recheada de elementos e referências de filmes e séries de quadrinhos

Os filmes dirigidos por Akira Kurosawa, como Shichinin no Samurai, Tsubaki Sanjūrō, Yōjinbō, Akahige e Ran, serviram de grandes fontes de inspiração para os diretores de Ghost of Tsushima desenvolverem o roteiro. O final do filme Tsubaki Sanjūrō, em específico, inspirou diretamente a jogabilidade dos "confrontos" do jogo, em que um samurai precisa esperar seu oponente realizar o primeiro movimento para, então, contra-atacar e matá-lo com um único golpe. Além disso, a equipe tentou replicar dentro do jogo o código samurai mostrado em Shichinin no Samurai.

Outra influência para o game foi a série de quadrinhos Usagi Yojimbo, que tem um coelho samurai resolvendo problemas para cidadãos comuns. O diretor do jogo, Nate Fox, decidiu fazer uma homenagem a Stan Sakai, criador da obra, dando o mesmo sobrenome ao protagonista de Ghost of Tsushima.

Além destas referências, a Sucker Punch Productions entrou em contato com o espólio de Kurosawa com o objetivo de conseguir permissão para usar o nome do diretor em seu modo de jogabilidade em preto e branco. O “Modo Kurosawa” deixa todo game em formato de imagem de película, proporcionando uma experiência dramática muito mais intensa.

Um mergulho por Tsushima: a cidade japonesa com vista para a Coreia do Sul

A ilha de Tsushima é um paraíso para os amantes da natureza nas águas remotas ao norte de Nagasaki. Apesar de pertencer ao Japão, Tsushima é, na verdade, mais próximo da Coreia do Sul. Atualmente, dizem que da costa oeste de Tsushima, em um dia de céu aberto, é possível avistar as montanhas e os edifícios coreanos.

Durante o processo de criação de Ghost of Tsushima, a equipe de desenvolvimento da Sucker Punch Productions viajou diversas vezes para a ilha japonesa para estudar não só o contexto histórico do Japão feudal, mas toda a diversidade da natureza local, que posteriormente foi retratada no jogo com traços extraordinários de realismo em sua flora e fauna em relação a Tsushima.

Além disso, a equipe liderada por Brad Meyer, diretor de áudio de Ghost of Tsushima, chegou a viajar para Tsushima e outros lugares do Japão para captar sons naturais da ilha e do país, tornando a experiência ainda mais real. Segundo o desenvolvedor, Tsushima por si só não é somente o local onde se passa o enredo, mas um personagem crucial que deveria ser retratado com a maior fidelidade possível.

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Onde jogar?

Considerado um dos últimos grandes lançamentos do PS4, Ghost of Tsushima impressionou com seus gráficos, sendo apontado como um dos jogos mais bonitos da geração. Hoje, ele está disponível no PlayStation Plus, serviço de assinatura da PlayStation, no plano Extra.

Vale lembrar também que, em 2021, a Sucker Punch Productions lançou para PS5 4 e PS5 Ghost of Tsushima: Versão do Diretor, edição expandida do game que traz o jogo-base, todos os conteúdos adicionais já lançados e uma nova aventura ambientada na ilha de Iki, vizinha de Tsushima e que também foi invadida pelos mongóis no mesmo período. Além disso, a versão de PS5 conta também com sincronia labial com a dublagem em japonês e todos os recursos do novo console, como resposta tátil, gatilhos adaptáveis e áudio 3D.