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Esportes

Tripulante diz que voo previa escala e que 'ninguém percebeu que o avião iria cair'

Tumiri também negou que houve tumulto ou pânico entre os passageiros antes da queda. Segundo ele, todos que estavam a bordo pensavam que o avião estivesse pronto para pousar

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Erwin Tumiri passa bem Foto: Reprodução Facebook
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São Paulo - 'Ninguém percebeu que o avião iria cair'. O técnico de voo Erwin Tumiri deu sua versão sobre os momentos que antecederam a queda do avião da LaMia, na última terça-feira, em Medellín, e afirmou que questionou o fato de a aeronave que transportava a delegação da Chapecoense não parar para reabastecer em Cobija, no norte da Bolívia. Segundo ele, o reabastecimento estava previsto. As revelações foram feitas em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, veiculada na noite de domingo (4).

"Nós, como técnicos, fazemos o pré voo. Temos uma lista de checagem do que é preciso fazer no avião. Fiz o relatório de que íamos até Cobija. No momento da decolagem, voltei a perguntar: 'Vamos até Cobija?'. Aí me disseram 'não, nós vamos direto até Medellín'", afirmou Tumiri, se referindo ao fato de que o piloto Miguel Quiroga teria lhe confirmado a opção arriscada de ir direto, sem escala, para Colômbia.

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Investigações preliminares apontam que o avião caiu devido a uma pena seca, por falta de combustível. O avião da LaMia voou no limite da autonomia no trajeto entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e Medellín, onde a delegação da Chapecoense esperava chegar para a disputa da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, mas foi vítima do acidente que matou 71 pessoas.

Erwin Tumiri evitou criticar Miguel Quiroga, morto no acidente, mas afirmou que seria mais prudente que o piloto não tivesse centralizado essa decisão. "As coisas são na base do 'é assim que tem de ser'. Que essas decisões não sejam tomadas de maneira tão individual. Acho que a tripulação teria de saber. Teria de ser tudo dividido."

Tumiri também negou que houve tumulto ou pânico entre os passageiros antes da queda. Segundo ele, todos que estavam a bordo pensavam que o avião estivesse pronto para pousar. "Eu estava falando com o técnico (Caio Júnior), que estava me ensinando português, quando disseram: 'Afivelem os cintos'. Todo mundo voltou à sua poltrona. Apagaram as luzes, começou a vibrar e achei que estivéssemos pousando. Achei que era isso, mas não foi. Não lembro de mais nada. Depois me levantei no chão", afirmou.

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Um dos seis sobreviventes do acidente, Tumiri conseguiu ajudar a comissária de bordo Ximena Suarez, que também escapou com vida da tragédia. "No momento era como um pesadelo. Comecei a piscar a lanterna para que me vissem. Ximena estava a cinco metros de mim. Eu estava com o rosto no chão. Aí eu levantei assustado e corri em direção a ela."

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