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MAIS QUE UMA BRINCANDEIRA

Corrida de rolimã agora é prática esportiva no ES; entenda

Tradicional desde as décadas de 1960 e 1970, a "brincadeira de criança" agora é reconhecida oficialmente como uma prática esportiva no Estado

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução/ Prefeitura de Vitória
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Muito populares nas décadas de 1960 e 1970, os carrinhos de rolimã se difundiram no Espírito Santo. Se você foi criança ou adolescente nessa época, provavelmente já disputou uma corrida com os amigos. 

Agora, essa prática é considerada esporte em todo o Estado. Isso porque o governador Renato Casagrande sancionou, no último dia 7, a Lei 12.244, que reconhece a corrida de carrinho de rolimã como prática esportiva no Espírito Santo.

Mas se engana quem pensa que os carrinhos de rolimã são coisa do passado. Tradicionais até os dias de hoje, o Espírito Santo conta até com competição apoiada pela Prefeitura de Vitória.

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A "Rolimã Racing" é realizada anualmente no Bairro da Penha, em Vitória, desde 2009 e já teve 14 edições. Nela, os competidores descem a ladeira da Rua Engenheiro Rubens Bley. O trajeto totaliza 200 metros de descida e os carrinhos passam dos 60 km/h.

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No primeiro ano, o evento era uma brincadeira entre amigos, mas já em 2010 passou a ser uma competição. Ao longo dos anos, ela foi abraçada pelo poder público e entrou para o calendário oficial.

Começou como uma brincadeira de porta de boteco, hoje são mais de quarenta carrinhos. É uma corrida que une a comunidade”, conta Alex Bandeira, um dos fundadores da Rolimã Racing.

Também conhecido como "Boi", ele é líder da equipe "Bola de Fogo". Segundo Bandeira, hoje são mais de 40 carrinhos que participam do campeonato. Ele destaca o papel social da Rolimã Racing em construir uma nova imagem do Bairro da Penha.

Para mim, o que mais marcou, foi tirarmos a comunidade de aparecer em página policial”, relata.
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Atualmente, o evento conta com dez equipes ao todo. Cinco delas são do Bairro da Penha, enquanto três são de fora do Estado, sendo duas de Minas Gerais e uma de São Paulo. A corrida é transmitida ao vivo e também possui telão, apresentações musicais e feira com comerciantes locais.

Ninguém acreditava que chegaria aonde chegou, ouvíamos que iria morrer gente, que éramos doidos. É um esporte radical, acontecem acidentes, mas nunca aconteceu um grave”, conta Alex Bandeira.

Todos os competidores da Rolimã Racing usam os equipamentos de segurança necessários, como capacete, cotoveleiras e joelheiras. A nova lei que reconhece a corrida de carrinhos de rolimã como esporte também trata do assunto e prevê o uso obrigatório desses equipamentos.

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O projeto de autoria do deputado Coronel Weliton (PRD) regulamenta as corridas de rolimã no Estado e visa atrair oportunidades para o esporte, turismo e lazer locais. Criada em 2023, a pauta foi aprovada pela Assembleia Legislativa em outubro deste ano.

Coronel Weliton destacou a importância da norma para "promover o caráter educativo, cultural e informativo" desse esporte. Ele também valorizou o rolimã como uma forma de integração social.

Em fevereiro deste ano, o governador Renato Casagrande já havia sancionado uma lei que reconhece soltar pipa como esporte no Estado.

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