Chegou a hora! Tudo sobre a final entre Fluminense e Boca Juniors; escalações e onde assistir
Fluminense busca hoje o título inédito e joga em casa, enquanto o Boca Juniors vai atrás da sua sétima conquista da Libertadores
O Fluminense disputa a final da Libertadores com o Boca Juniors neste sábado (4) para fazer história. O jogo acontece às 17 horas (horário de Brasília), no Maracanã, e é a chance de o time brasileiro conquistar um título inédito. Já a equipe argentina corre atrás de seu sétimo troféu para igualar o seu maior rival, o Independiente/ARG.
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É uma grande oportunidade para o Flu exorcizar a trágica perda do título para o LDU, de Quito, em 2008. O Fluminense perdeu por 4 a 2 no Equador, mas venceu no Maracanã por 3 a 1, com três gols do meia Thiago Neves. Na decisão por pênaltis, o time equatoriano venceu por 3 a 1, frustrando milhares de tricolores que lotaram o Maracanã.
"Tanto Boca quanto Fluminense querem ganhar essa Libertadores. Temos que tomar muito cuidado com tudo isso. São 90 minutos muito intensos. O time fez um trabalho muito bom para chegar nessa final. A gente merece por todo o trabalho desse ano", cravou o atacante Cano, principal nome do Fluminense na competição.
Com uma grande campanha, com direito a um sonoro 5 a 0 em cima do River Plate/ARG no Maracanã, na fase de grupos, o Fluminense chega confiante à final. Após terminar líder de sua chave, com 10 pontos, eliminou o Argentinos Juniors/ARG nas oitavas e o Olímpia/PAR, nas quartas, se classificando com duas vitórias contundentes: 2 a 0 no Rio e 3 a 1 em Assunção.
Nas semifinais, um clássico brasileiro cheio de emoção contra o Internacional. Com um a menos pela expulsão de Felipe Melo e com a estrela de Germán Cano, o Fluminense buscou o empate por 2 a 2 no Maracanã. Na volta, no Beira-Rio, estava sendo eliminado até aos 35 do segundo tempo, quando perdia por 2 a 1, mas John Kennedy e Cano viraram para 2 a 1 e colocaram o time carioca na finalíssima.
Como chega o Boca
O Boca Juniors tem trajetória totalmente contrária, podendo se tornar o "pior" campeão da Libertadores, sem ter vencido nenhum jogo de mata-mata. Terminou líder do Grupo F, mas na fase classificatória, foram seis empates, decidindo a vaga nas penalidades, com a estrela de Romero, goleiro vice-campeão do Mundo com a Argentina em 2014.
Os argentinos eliminaram o Nacional/URU, Racing/ARG e, nas semifinais, calaram o Allianz Parque, despachando o Palmeiras com Romero defendendo as cobranças de Raphael Veiga e Gustavo Gómez, após empate por 1 a 1 no tempo normal.
Os prováveis times
O técnico Fernando Diniz terá todo o elenco à disposição e não deverá mudar a sua espinha dorsal. Existe a dúvida sobre qual esquema tático será utilizado de início. Um deles seria o 4-3-3, o mais usado pelo time na temporada, com um tripé de meio-campo formado por André, Alexsander ou Martinelli e Ganso.
A outra opção seria bem agressiva e já usada por Diniz em alguns jogos, com a entrada de John Kennedy no ataque e a saída de um volante e com Ganso atuando mais recuado. Seria o 4-2-4, mesmo com eventual auxílio de Arias e Keno na recomposição de jogo.
Fernando Diniz foi pragmático na coletiva oficial de sexta-feira.
"Nós vamos fazer em campo o que fizemos e treinamos durante um ano e meia quando cheguei aqui. Nós já jogamos destas duas maneiras e tudo vai depender do jogo. Estamos bem preparados para todos os cenários desta decisão, tanto durante o jogo, como nos pênaltis, se forem necessários", garantiu Fernando Diniz.
A mesma confiança aparece nos seus jogadores mais experientes que à tarde foram fazer o reconhecimento do gramado da final. O meia Ganso, de 34 anos, se diz pronto. "Esperamos definir tudo em 90 minutos, mas estamos preparadores para os 120 minutos se for necessário e para os pênaltis".
O goleiro Fábio, aos 43 anos, vai completar a marca de 100 jogos em Libertadores, aumentando o seu recorde de jogador brasileiro com maior participação no torneio continental. Ele também está bastante seguro da busca pelo título: "Vivo um momento especial, tanto técnico como fisicamente, que pode ser confirmado por esta marca atingida."
O Flu ainda conta com a experiência de Felipe Melo, de 40 anos, bicampeão da Libertadores com o Palmeiras, e de Marcelo, de 35 anos, que tem no currículo a conquista de cinco títulos da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid.
Do lado do Boca Juniors, o técnico Jorge Almirón terá dois desfalques. Expulso contra o Palmeiras, Marcos Rojo dará lugar a Valentini, que também era dúvida, mas se recuperou de uma lesão muscular. Outro que está fora é o atacante e joia do clube, Zeballos. Ele rompeu o ligamento do joelho durante partida no Campeonato Argentino. Como não era considerado titular absoluto, o treinador deve mandar a campo a mesma formação que chegou à final.
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Destaque do time, o meia Barco não se intimida em atuar no Maracanã, casa do rival. "Será tudo do Boca. Eles (torcedores) virão em peso. Já estamos acostumados. No estádio será meio a meio, mas nos sentimos em casa, em todos os lugares. Vai ser tudo do Boca. O Fluminense joga bem, mas nós também jogamos, então vamos entrar em campo para vencer", prometeu o meia.
FLUMINENSE x BOCA JUNIORS
FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli (John Kennedy) e Ganso; Árias, Keno e Cano. Técnico: Fernando Diniz
BOCA JUNIORS: Sergio Romero; Advíncula, Figal, Valentini, Fabra; Medina, Pol Fernández, Equi Fernández, Barco; Merentiel e Cavani. Técnico: Jorge Almir´ón
ESTÁDIO: Maracanã
HORÁRIO: 17 horas
ÁRBITRO: Wilmar Roldán (COL)
ONDE ASSISTIR: TV Globo, ESPN e Star+