Dois nomes, mas um só time e muita vontade de fazer a diferença

Às margens de uma das rodovias mais importantes de Vitória, a Serafim Derenzi, fica o campo que é o ponto de encontro da comunidade de Inhanguetá: o Mangueirão. Independentemente do horário, é possível encontrar a criançada brincando e sonhando se tornar um craque de bola. Todos eles, praticamente, são alunos do Alair, conhecido por todo mundo como Zoio. Ele não esconde o orgulho ao falar sobre o projeto que coordena.

"Sempre tive o sonho de ter um projeto social na área do futebol. Um time com as camisas azuis, igual às que eu usava quando jogava no Vitória. Deu certo. Hoje, carregamos o nome da nossa comunidade", comemora Zoio.

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Da escolinha, já saíram jogadores que mais tarde conquistaram espaço em grandes clubes do Brasil. É o caso de Pedro Rocha, campeão da Copa do Brasil pelo Grêmio e com passagens por grandes clubes como Cruzeiro e Flamengo. Denivys, jovem goleiro do Cruzeiro que está emprestado ao Atlético Goianiense, também deu seus primeiros passos no Mangueirão.

Mas além de servir como palco para os alunos do Zoio, o Mangueirão também é a casa do 19 de maio, time que tem laços com diversos bairros da região, como Grande Vitória, Estrelinha e, claro, Inhanguetá. O nome do clube, fundado em 1991, homenageia uma das ruas do bairro Inhanguetá.

Mesmo com toda a tradição, o 19 de maio viveu altos e baixos e chegou a ficar inativo. Mas essa pausa não durou muito tempo. É que o Wellington Faustino tratou de dar um jeito de reativar o clube. O retorno do clube foi um sucesso, tanto que nem tinha lugar pra todo mundo.

"Nos primeiros campeonatos após a volta, tinham uns 40 meninos interessados em jogar no time. Com isso, muita gente ficou de fora de algumas competições", conta Wellington, que atualmente é diretor do 19 de maio.

Dois nomes, mas um só time

Pra resolver o problema da falta de espaço no time, o Wellington recorreu ao Zoio e encontrou na escolinha do amigo, o Unidos de Inhanguetá, a solução para o impasse. "Tinha muita gente pra jogar. Decidimos que a única solução seria jogar as competições com dois times representando a região. Dividimos os jogadores entre o 19 de maio e o Unidos", explica Wellington.

Mas como a vida prega peças, apenas o Unidos subiu para a primeira divisão da Copa Vitória das Comunidades. A importância da competição fez as equipes reavaliarem a situação e decidirem unir forças para representar a comunidade. Isso explica o fato de, ao olhar a tabela de classificação da competição, encontrar no Grupo C o clube "Unidos de Inhanguetá/19 de maio".

A equipe foi terceira colocada em 2022. E Wellington está confiante que Inhanguetá e região continuarão bem representados este ano: "O time está bom. Garanto que o time está bom. E se a gente conseguir a classificação na primeira fase, vamos dar muito trabalho no restante do campeonato".

Para cumprir a promessa de Wellington, o Unidos de Inhanguetá/19 de maio precisa superar o Comercial do Bonfim na campo da Curva da Jurema, nesta sexta-feira, às 19h15. Caso não vença, a equipe precisa torcer por um tropeço do Unidos de Maria Ortiz para seguir vivo na Copa Vitória das Comunidades.

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