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Esportes

Do kart à Fórmula 1, piloto custa R$ 60 milhões para realizar sonho na carreira

O aspecto financeiro tem peso decisivo. Para chegar à Fórmula 1, é preciso passar por algumas categorias, quase todas fora do Brasil. Do kart à F1, o investimento pode chegar a R$ 60 mi

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Gabriel Casagrande  Foto: Reprodução Facebook
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São Paulo - O paranaense Gabriel Casagrande tinha o sonho de ser piloto de Fórmula 1. Queria repetir a trajetória de Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi. Apesar de seguir os passos dos ídolos, competindo na Europa, o corredor de 21 anos desistiu. O alto custo do automobilismo e as dificuldades na formação técnica no País foram os motivos que abreviaram a sua carreira, cuja trajetória não é exceção entre jovens pilotos.

Uma temporada na GP2, a melhor porta de entrada para a Fórmula 1, custa 3 milhões de euros (R$ 10,2 milhões). Nada se compara, porém, aos obstáculos impostos pelas cifras do automobilismo europeu, principalmente em razão da diferença de câmbio. Isso porque a maioria dos brasileiros chega lá bancada, em parte, pela própria família. Raros têm patrocinadores fortes.

E, se o kart pode levar o piloto e sua família a gastarem até R$ 400 mil/ano, um ano na Fórmula 3 europeia ou Fórmula V8 3.5/ World Series consome até 800 mil euros (R$ 2,7 milhões). As cifras assustaram Casagrande. "Sabia que, bancando do próprio bolso, não conseguiria chegar até o fim. E não queria quebrar minha família com sonho que talvez pudesse nem se realizar". Ele desistiu em 2013, antes de entrar na World Series.

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Luiz Razia foi pelo mesmo caminho. "Somente uns 20% do que gastei veio de patrocínio. Fizemos um esforço considerável, foi muito sacrifício". Ele chegou a fazer testes pela Marussia, antes da desistência de um dos seus patrocinadores. "Aí, tive de voltar para o Brasil. Gastei 12 anos da minha vida nisso. Chega, cansei! Cheguei perto, mas fui uma exceção".

Na Fórmula 1, um time nanico exige até 8 milhões de euros (R$ 27,3 milhões) por ano. Mediano, 13 milhões de euros (R$ 44,2 milhões) - valores do início da década. "Hoje tem muito mais piloto pagando para andar", disse Nelsinho Piquet.

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