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Esportes

Atletismo e natação prometem alavancar o Brasil na Paralimpíada do Rio-2016

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio - Se os resultados do Brasil na natação e no atletismo deixaram a desejar na Olimpíada, exceto pela medalha de ouro de Thiago Braz no salto com vara, a expectativa é de um panorama bem diferente nos Jogos Paralímpicos. No Rio, o País deve dar um salto no quadro de medalhas graças a nomes de destaque nas duas modalidades esportivas mais nobres como os nadadores Daniel Dias e André Brasil e os corredores Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina.

Só para se ter uma ideia, nos Jogos de Londres-2012, o Brasil conquistou 18 medalhas no atletismo (7 de ouro, 8 de prata e 3 de bronze) e 14 na natação (9 de ouro, 4 de prata e uma de bronze). Quatro anos antes, em Pequim, foram 15 pódios no atletismo e 19 nas piscinas. Isso coloca o País como um dos grandes nomes nas duas modalidades.

"Tradicionalmente o Brasil tem excelentes resultados em atletismo e natação. Essas devem ser as duas modalidades que o País conquistará seu maior número de medalhas", projetou Mizael Conrado, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e ex-atleta paralímpico de futebol de 5.

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Além dos nomes mais conhecidos, o dirigente inclui Odair Santos, Petrúcio Ferreira e Yohansson Nascimento entre os destaques e conta com bom desempenho das modalidades coletivas, principalmente bocha, futebol de 5 e golbol. "O Brasil participa das 22 modalidades do programa e podem surgir boas surpresas, já que todas tiveram excelentes condições de preparação", afirmou Mizael.

A maior estrela paralímpica brasileira é o nadador Daniel Dias, 10 vezes campeão - seis ouros em Londres-2012, quatro ouros, quatro pratas e um bronze em Pequim-2008. O astro da natação nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e entrou para o paradesporto depois de assistir a Clodoaldo Silva em uma das provas dos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004.

Daniel Dias, que compete em uma série de eventos na classe S5 - 50 metros borboleta, 50 metros livre, 50 metros costas, 100 metros peito, entre outros -, também ganhou sete ouros e uma prata no Mundial de Glasgow, na Escócia. Além disso, recebeu três vezes o prêmio Laureus, o "Oscar do Esporte".

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Em uma brincadeira com seu técnico, prometeu deixar a barba crescer até o início da competição. E promete estar pronto para alavancar o Brasil no quadro de medalhas. "Não vou nadar assim não, é só uma brincadeira. De vez em quando mudar o visual faz bem", disse. "A expectativa é das melhores, não só individualmente, mas do Brasil como um todo. Vamos fazer o possível e o impossível para atingir o Top 5", continuou.

Outro nome importante da natação é André Brasil, que tem 10 pódios olímpicos no currículo, nos Jogos de Pequim e Londres, incluindo sete medalhas de ouro. Quando tinha três meses de idade, ele teve poliomielite por reação à vacina. Com isso ficou com uma sequela na perna esquerda. Encontrou no esporte uma forma de reabilitação e agora é candidato a muitas medalhas no Rio.

No atletismo, Alan Fonteles vai em busca do bicampeonato olímpico nos 200 metros na classe T43. Sua façanha foi tirar a vitória do sul-africano Oscar Pistorius, favorito na prova, nos metros finais. Ele teve tanto destaque com aquele resultado que o vídeo da prova é mostrado sempre que se fala de Paralimpíada.

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Ele teve de amputar as duas pernas quando tinha apenas 21 dias de vida, por causa de uma septicemia ocasionada por uma infecção intestinal. Aos 8 anos, começou a praticar o esporte e utilizava próteses de madeira. Quando tinha 15 anos, estreou nos Jogos de Pequim, em 2008, com sua prótese de fibra de carbono e ficou com a medalha de prata no revezamento 4x100 metros.

Outra lenda das pistas é a velocista Terezinha Guilhermina. Aos 37 anos, ela já foi a três edições dos Jogos Paralímpicos (2004, 2008 e 2012) e acumula seis medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e duas de bronze. No Rio, vai tentar mais pódios nos 100 metros, 200 metros, 400 metros e revezamento 4x100 metros.

Mineira de Betim, ela nasceu com retinose pigmentar e foi perdendo gradualmente a visão. Começou no esporte pela natação, mas ao ganhar da irmã o seu primeiro par de tênis, em 2000, deixou as piscinas e vem tendo bons resultados nas pistas.

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