Velocista da Ilha Santa Lúcia surpreende e fatura ouro nos 100m rasos na Olimpíada
O atletismo conheceu sua primeira surpresa na Olimpíada de Paris-2024. A velocista Julien Alfred, da Ilha Santa Lúcia, localizada no Caribe, desbancou as rivais e conquistou a medalha de ouro na tradicional prova dos 100 metros rasos, neste sábado, no Stade de France, na Olimpíada de Paris-2024.
Sob chuva, ela completou a distância em 10s72 e garantiu a primeira medalha olímpica da história da ilha vulcânica, de apenas 617 quilômetros quadrados de extensão, localizada entre a Martinica e São Vicente, nas Pequenas Antilhas, no Caribe. E com menos de 200 mil habitantes.
A atleta de 23 anos ficou em quinto lugar no Mundial de Budapeste, disputado no ano passado, com 10s93. No mesmo evento, terminou em quarto na prova de 200 metros, na qual também estará em Paris-2024.
Neste sábado, ela superou a americana Sha'carri Richardson, cotada para levar o ouro após a desistência da jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce. A atleta de 37 anos, bicampeã olímpica da prova, anunciou que não disputaria a prova poucas horas antes da final. Sha'carri levou a prata, com 10s87. Sua compatriota Melissa Jefferson anotou 10s92 e ficou com o bronze.
Com o feito, Julien Alfred sucede a jamaicana Elaine Thompson-Herah como campeã olímpica da prova. Thompson-Herah era a atual bicampeã olímpica da distância e também da prova dos 200 metros. Ela, contudo, não está na capital francesa porque sofreu uma lesão no Tendão de Aquiles em junho.
MAIS MEDALHAS
O revezamento misto 4x400 metros também definiu seu pódio neste sábado. A Holanda faturou o ouro com o tempo de 3min07s43. Os Estados Unidos levaram a prata, com 3min07s74, enquanto a Grã-Bretanha completou o pódio, com 3min08s01.
Na final do salto triplo feminino, Thea Lafond, de Dominica, se sagrou campeã olímpica ao alcançar a marca de 15,02 metros. A jamaicana Shanieka Ricketts ficou com a prata, com 14,87m, e a americana Jasmine Moore levou o bronze, com 14,67m.
No masculino, o arremesso do peso definiu seu medalhista de ouro neste sábado, sem novidade. Ryan Crouser se sagrou tricampeão olímpico ao lançar 22,90 metros. Joe Kovacs fez uma dobradinha americana no pódio ao levar a prata, com 22,15m. E o jamaicano Rajindra Campbell ficou com o bronze: 22,15m. A prova não contou com o brasileiro Darlan Romani, que era candidato a medalha antes de se lesionar às vésperas dos Jogos Olímpicos.
No salto com vara, Armand Duplantis, uma das estrelas do atletismo mundial, confirmou o favoritismo na fase classificatória e avançou em primeiro, com 5,75m. O sueco vem quebrando o recorde da prova ano após ano e deve tentar quebrar tanto a marca mundial quanto a olímpica, que pertence atualmente ao brasileiro Thiago Braz, que não conseguiu o índice olímpico para competir na capital francesa.
BRASILEIRO NO DECATLO
José Fernando Ferreira Santana, o Balotelli, terminou a longa prova do atletismo no 14º lugar geral, neste sábado. Ele registrou 8.213 pontos, a melhor marca da sua carreira. O brasileiro liderava o ranking nacional deste ano, com 8.063 pontos, até então sua melhor marca pessoal, feita no Troféu Brasil de Atletismo, em junho.
As disputas do decatlo começaram na sexta-feira e chegaram ao fim neste sábado com a medalha de ouro para o norueguês Markus Rooth, com 8.796 pontos. A prata foi para o alemão Leo Neugebauer, com 8.748 pontos. E o bronze ficou com Lindon Victor, de Granada (8.711).
Com o resultado, Balotelli se torna o quarto melhor decatleta da história do Brasil, atrás de Carlos Chinin (8.393 pontos), Felipe dos Santos (8.364) e Luiz Alberto de Araújo (8.315).
Em Paris, Balotelli passou pelas cinco primeiras provas do decatlo com recorde pessoal nos 100m (10s66), no salto em distância (7,24m), arremesso do peso (13,97m), do salto em altura (1,93m) e dos 400 metros (48s78). No segundo dia de disputas, fez os 110m com barreiras (14s00), lançamento do disco (42,86m), salto com vara (4,80m), lançamento do dardo (70,58m) e os 1.500m (4min49s73).