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Esportes

Surfe brasileiro sobe ao pódio com Tati Weston-Webb e Gabriel Medina

Em um dia de "greve de ondas" no Taiti, Medina conquista da medalha de bronze e, logo depois, Tati Weston-Webb garante a prata nos Jogos Olímpicos

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Foto: Willian Lucas/COB
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A final do surfe nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 foi, no mínimo, inusitada. Em um dia de "greve de ondas" no mar de Teahupo'o, no Taiti, dois brasileiros terminaram a disputa no pódio.

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O ouro não veio desta vez, mas o Brasil subiu duas vezes ao pódio. Primeiro, com Gabriel Medina, medalhista de bronze. Logo depois, Tatiane Weston-Webb chegou à final e terminou com a medalha de prata.

Greve de ondas tira chances de Medina

O último dia de disputas do surfe começou com "greve de ondas" na semifinal masculina. Gabriel Medina ficou incríveis 17 minutos sem conseguir surfar uma onda sequer. Assim, acabou derrotado pelo australiano Jack Robinson, que surfou duas ondas e avançou á final.

Foto: Willian Lucas/COB

Na disputa do bronze, as ondas reaparecem, ainda tímidas. Mas com tamanho suficiente para o brasileiro vencer o peruano Alonso Correa e conquistar a medalha de bronze, a primeira medalha olímpica da carreira do tricampeão mundial.

Primeira medalha olímpica do surfe brasileiro

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Em disputa acirrada com Caroline Marks, atual campeã do Circuito Mundial Feminino, Tatiana Weston-Webb acabou sendo superada na decisão, por 10,50 a 10,33, e ficou com a prata do surfe feminino na Olimpíada Paris-2024. O bronze ficou com a francesa Johanne Defay.

Tati Weston-Webb é a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha na modalidade. No total, o surfe do Brasil tem agora três medalhas olímpicas: as duas conquistadas nesta segunda-feira e o ouro de Ítalo Ferreira em Tóquio-2021.

MEDALHAS OLÍMPICAS DO SURFE BRASILEIRO

OURO
Ítalo Ferreira — Tóquio-2021
PRATA
Tati Weston-Webb — Paris-2024
BRONZE
Gabriel Medina — Paris-2024

Quem é Tati Weston-Webb

Filha de pai inglês e mãe gaúcha, Tatiana nasceu em Porto Alegre, mas cresceu no Havaí, nos Estados Unidos.

Ela foi vice-campeã mundial em 2021, ano em que chegou como favorita ao pódio nos Jogos de Tóquio-2021, mas caiu nas oitavas de final para a japonesa Amuro Tsuzuki. Agora, eterniza seu nome na história do surfe olímpico brasileiro.

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Caminho at´´e o pódio

O caminho de Tatiana até a final não foi fácil. Ela não se classificou de maneira direta às oitavas e precisou disputar a repescagem, superando a Candelaria Resano, da Nicarágua. Na etapa seguinte, ela surpreendeu ao bater a australiana Caitlin Simmers, líder do ranking mundial, se colocando como favorita à medalha.

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Também passou pela espanhola Nadia Erostarbe, nas quartas, e a derrotou a costarriquenha Brisa Hennessey nas semifinais, aproveitando um erro crasso da rival.

Após um dia de altos e baixos em Teahupo'o, o mar esteve levemente agitado na bateria do ouro. Assim como na disputa masculina, o cronômetro passou de 30 para 35 minutos. O início da final foi marcado por fortes marolas e foram mais de dez minutos somente de observação até a primeira série de ondas.

Foto: Willian Lucas/COB

Caroline Marks usou a prioridade para fazer boa manobra no tubo e recebeu um 7,50, elevando a nota para 8, e jogando a responsabilidade para a representante do Brasil a 15 minutos do fim. Com a prioridade, Tatiana passou a ter como desafio encontrar uma onda boa suficiente para fazer um 7,57 passar à frente da disputa.

Faltando oito minutos, a surfista do Brasil conseguiu encaixar uma boa manobra, recebendo um 5,83, e um 1,80 em seguida, somando um 7,63. A americana elevou a pontuação para 10,50 no fim, fazendo com que a brasileira necessitasse de um 4,68 para virar o marcador.

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A brasileira conseguiu boa manobra na sequência faltando pouco mais de um minuto. A bateria acabou ainda sem a nota de Tatiana e a disputa ganhou contornos de tensão. Foi então que os jurados anunciaram um 4,50, nota próxima, mas não o suficiente para a brasileira levar o ouro.

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