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Esportes

Atleta-guia capixaba realiza sonhos como fiel escudeiro nas Paralimpíadas

Os Jogos Paralímpicos de Paris começam nesta quarta-feira (28) com 11 representantes do Espírito Santo, entre eles, um atleta-guia que vai em busca do pódio

Flávio Dias

Redação Folha Vitória
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Foto: Alessandra Cabral/CPB
Fernando Martins Júnior vibra na linha de chegada ao lado de Lorraine Aguiar no Mundial de Kobe
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Uma boa definição para o que é um atleta-guia é “aquele que se dedica e corre para realizar os sonhos dos outros”. É o que faz o capixaba Fernando Ribeiro Martins Júnior, um dos 11 representantes do Espírito Santo nas Paralimpíadas de Paris-2024.

Os Jogos Paralímpicos começam nesta quarta-feira (28), com a cerimônia de abertura do megaevento marcada para começar às 15 horas (horário de Brasília).

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ES TEM 11 REPRESENTANTES EM PARIS

Natural de Vitória, Fernando tem 30 anos e treina nas pistas da Ufes e da Sesport, ambas em Vitória. Ele é um dos mais talentosos atletas-guias do País, com mais de 10 anos de experiência.

Agora, estará nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 com um dos 11 representantes do Espírito Santo.

CAPIXABAS NAS PARALÍMPIADAS

> Mariana Gesteira (natação)
> Patricia Pereira dos Santos (natação)
> Luiza Fiorese (vôlei sentado)
> Thiago Rocha (vôlei sentado)
> Daniel Mendes da Silva (atletismo)
> Lorraine Aguiar (atletismo)
> Marcos Vinicius de Oliveira (atletismo)
> Bruno Stov Kiefer (tiro esportivo)
> Mario Pinheiro Júnior (apoio/tiro esportivo)
> Leonardo Miglinas (técnico/natação)
> Fernando Martins Júnior (guia/atletismo)

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2ª VEZ NAS PARALIMPÍADAS

Fernando foi guia da paratleta Renata Bazone, carioca radicada no Espírito Santo, nas conquistas da

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medalha de prata nos 1.500m nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015 e do ouro nos 800m e do bronze nos 1.500m no Mundial de Doha
, no mesmo ano.

Hoje, Fernando é guia da capixaba Lorraine Aguiar, com quem vai correr os 100m, 200m e 400m na classe T12 (deficiente visual) em Paris. A dupla foi medalhista de prata nos 100m e nos 400m e de bronze nos 200m no Mundial de Kobe-2024.

Foto: Alessandra Cabral/CPB

No ano passado, foi bronze nos 100m e 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. Resultados que fazem Fernando acreditar que o melhor está por vir, justamente nos Jogos Paralímpicos de Paris.

“Estamos em busca de uma medalha, independentemente da cor. Viemos de um vice no Mundial do Japão e estamos em Paris com muita expectativa”, cravou Fernando Martins.

RECONHECIMENTO NO PARALÍMPICO

Fernando foi atleta com bons resultados nas categorias de base do atletismo. Mas um convite o fez migrar para o esporte paralímpico.

“A decisão de ser atleta-guia surgiu quando a Renata Bazone me fez o convite de correr as provas que eu corria no olímpico, de 800m e 1.500”, lembra o guia, que foi finalista olímpico com Renata nos 1.500m nos Jogos do Rio-2016.

Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPB
Fernando Martins Júnior com Renata Baonze na final dos 1.500m nos Jogos do Rio-2016
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Os resultados apareceram e ele seguiu na função: “O atleta-guia faz o mesmo treino que o paratleta e faz ainda um treino complementar pra ter um pouco de preparo a mais”, ensina.

Fernando e Lorraine passaram os últimos dias em Troyes, na França, onde a equipe de atletismo fez a adaptação antes de ir para a Vila Olímpica de Paris. Experiências que dão a certeza a Fernando de ter tomado a decisão correta ao aceitar o convite para ser atleta-guia.

“Já competi nas categorias de base, no infanto-juvenil. O esporte paralímpico me proporcionou ganhar mais, e não obtive interesse em correr no olímpico. Mundialmente, o esporte paralímpico é mais forte que o olímpico”, compara Martins.
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ATLETA-GUIA GANHA MEDALHA?

A rotina e a preparação de um atleta-guia são tão ou mais intensas do que a do paratleta. O esforço e a dedicação são compensados com a mesma medalha que os paratletas ganham. Afinal, eles também sobem ao pódio.

Foto: Takuma Matsushita/CPB
Fernando Martins com Lorraine Aguiar e a medalha de prata no Mundial de Kobe, no Japão 

“O atleta-guia também ganha medalha sim”, explica Fernando, que garante que se sente realizado como guia: “Não necessariamente o guia venha a ter um sonho de ser um atleta olímpico. Não é porque ele é guia que o sonho dele precisa ser o esporte de alto rendimento olímpico. Hoje, o esporte paralímpico lhe proporciona até mais que o olímpico, dependendo do resultado”.

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