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Esportes

Deputado apresenta projeto de lei por ingressos populares no Rio Grande do Sul

Estadão Conteudo

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Em 2019, o futebol brasileiro viu algumas iniciativas pela volta dos chamados ingressos populares. Alguns clubes, como Cruzeiro e Figueirense, por exemplo, destinaram setores dos estádios em que jogam para bilhetes baratos, por exemplo. Outra ação ocorreu no âmbito legislativo: o deputado estadual do Rio Grande do Sul Juliano Franczak (PSD) apresentou projeto de lei que visa garantir entradas mais acessíveis: 5% seriam reservadas a torcedores de baixa renda dos clubes, não sócios, inscritos em um cadastro geral do governo gaúcho, que pagariam 20% do valor "cheio".

Franczak é conhecido como "Gaúcho da Geral", pois costumava ir a jogos do Grêmio com a indumentária típica dos habitantes dos Pampas. Acabou se tornando uma figura folclórica. Este é o segundo projeto que apresenta desde que assumiu o cargo no início de 2019 - o outro visa a construção de abrigos para mulheres vítimas de violência.

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Segundo ele, a motivação foi para evitar a exclusão vista recentemente, mas ele quer evitar o conceito de gratuidade. "Não queremos que os clubes não tenham prejuízo ao operar a emissão dos ingressos e gerenciar o controle cadastral. Na prática, os 5% são ingressos que não seriam comercializados na grande maioria dos jogos. Além disso, definimos um porcentual considerado baixo da carga total de ingressos, com o intuito de não dificultar o planejamento de venda", afirma sobre o projeto.

"A diferença de valores, a princípio, será arcada pelo próprio clube. De toda forma, resta lembrar que os clubes de futebol recebem inúmeros incentivos fiscais. Nada mais justo do que compensar essas medidas dando a oportunidade para que pessoas em situação de baixa renda possam frequentar os estádios", complementa, sobre as razões de apresentar o projeto.

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Franczak não se preocupa com uma possível queda de arrecadação dos clubes - ele acredita que possa até aumentar. "De acordo com dados do Campeonato Gaúcho deste ano, por exemplo, a média de ocupação nos estádios é de apenas 23%, de 5.261 torcedores por partida. No Brasileirão, Grêmio e Inter não chegam perto da taxa de ocupação total. Assim, com o programa Futebol Para Todos, pretendemos que fiquem ocupados os espaços que hoje ficam ociosos e inclusive possam gerar alguma receita para os clubes", acredita.

Também não há preocupação com um possível conflito com o regulamento da CBF, que prevê o valor mínimo para os ingressos de R$ 40, com meia entrada de R$ 20. "No entendimento da minha equipe jurídica, o projeto de lei sobrepõe o regulamento da CBF, que precisará se adequar às leis de cada Estado", afirmou Franczak.

O deputado acredita que o "Futebol para Todos" pode ser expandido no futuro, para outros esportes ou mesmo atividades culturais como shows e exposições. "Neste primeiro momento, foquei o projeto no futebol porque é uma das áreas que mais domino. Mas nada impede que ele seja levado para outros setores da sociedade. Em trinta anos de arquibancada, posso afirmar com autoridade que o povo está cada vez mais afastado das canchas. É dever do Poder Público enfrentar esse triste fenômeno e lutar por inclusão no esporte. Meu projeto de lei luta pela volta da arquibancada mais democrática no estado", prevê.

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