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Esportes

Presidente do CPB promete consolidar Brasil como potência paralímpica

Mizael Conrado revela que, apesar da crise financeira no esporte nacional, a entidade tem conseguido se virar com suas receitas

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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A contagem regressiva para os Jogos Paralímpicos de Tóquio começou. O comitê organizador do evento comemora nesta sexta-feira o marco de dois anos para o evento, que terá sua cerimônia de abertura em 25 de agosto de 2020. Muitos podem achar que ainda está longe, mas para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é o momento de observar ainda mais o trabalho aqui e nos outros países para manter o Brasil entre as potências paralímpicas.

Nesta entrevista exclusiva, o presidente do CPB, Mizael Conrado, fala sobre a preparação da equipe e a meta estipulada. Ele também explica como o evento no Rio, em 2016, ajudou a diminuir o preconceito e revela que, apesar da crise financeira no esporte nacional, a entidade tem conseguido se virar com suas receitas.

Faltam dois anos para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. É um marco importante para o CPB?

É muito importante, pois marca a metade do caminho para a meta principal do nosso trabalho. A partir de agora, teremos Mundiais e competições internacionais que refletirão o cenário internacional e nos darão um panorama do que encontraremos na próxima edição da Paralimpíada.

O que foi feito desde os Jogos do Rio e o que pode ser feito a partir de agora?

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Este é o primeiro ciclo paralímpico em que poderemos usufruir de todas as benesses do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Uma estrutura deste porte, utilizada a todo vapor, fará certamente a diferença na preparação dos nossos atletas e nos abre um leque enorme de possibilidade de programas de alto rendimento. Além disso, é importante observar que desde que recebemos a condição de sede do Rio-2016 tivemos como prioridade absoluta preparar um grande time para 2016.

Então deu certo...

Sim, mas o que estamos fazendo agora, além de pensar em Tóquio e Paris, é ter diversos projetos que darão resultados somente em 2028, 2032, como o Centro de Formação, que atende centenas de crianças. Além de trabalharmos na meta considerando alto rendimento e quem já é realidade hoje, nós também estamos trabalhando para que essa evolução seja perene, algo que não tivemos condição nos últimos anos, pois tínhamos de garantir uma participação histórica no Rio.

Qual a sua avaliação sobre a organização do evento em Tóquio?

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A avaliação é bastante positiva até aqui, pois eles têm cumprido todos os prazos. Esperamos que as coisas continuem dessa maneira.

O CPB estipulou uma meta para os Jogos de 2020?

Temos a meta de consolidar o Brasil entre as dez principais potências do esporte paralímpico mundial. Sempre queremos estar na melhor colocação possível, obviamente, mas só poderemos um dia chegar ao topo se estivermos constantemente entre os dez, uma vez que as primeiras posições do quadro sempre se definem por pequenos detalhes, fatores que fazem que o esporte seja imprevisível.

Depois dos Jogos do Rio, muitas entidades sofreram com a falta de recursos. Como é a realidade do CPB?

Após os Jogos Paralímpicos de 2016 nós tivemos a descontinuidade de alguns projetos, mas conquistamos outras fontes financiadoras. De maneira simples, não tivemos prejuízo financeiro e tivemos até um pequeno acréscimo de orçamento para desenvolvermos os projetos que já tínhamos e os que estão em andamento.

No que se refere a patrocínios, como está o CPB em relação ao ciclo anterior?

No tocante a patrocínio, contamos com as Loterias Caixa, que nos apoiam desde 2004 e com quem já temos acordo fechado até 2020. Como patrocinador privado, atualmente temos a Braskem, que está conosco desde 2015 no paratletismo. Para este ciclo paralímpico, uma das chaves é aumentar as fontes de recursos privados. Ainda há muito por fazer, em termos de projetos de esporte paralímpico, e este aumento de recursos é uma das metas presentes no nosso planejamento estratégico.

Qual é o objetivo da parceria com a cidade de Hamamatsu para ser sede do Brasil nos Jogos?

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Vemos em Hamamatsu o local ideal para a fase final de aclimatação antes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. As instalações esportivas são incríveis, muito próximas daquilo que encontraremos na Paralimpíada em si. Além disso, ele promoverão reformas e adaptações para criar as melhores condições possíveis para os nossos atletas. Hamamatsu demonstrou estar de portas abertas ao CPB, com muito envolvimento da comunidade local, já que possui a maior população brasileira no país.

A Paralimpíada no Rio ajudou a diminuir o preconceito em relação ao esporte paralímpico?

Nós costumamos dizer que este é o legado intangível dos Jogos do Rio, sobretudo no que diz respeito à forma com que o brasileiro enxerga a pessoa com deficiência. Os Jogos foram um bom início em um processo de conscientização da população, em que as pessoas com deficiência deixem de ser invisíveis no dia a dia. Um exemplo disso é a nova abertura do Fantástico, da TV Globo, na qual uma das protagonistas é a nadadora paralímpica Camille Rodrigues, amputada de perna.

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