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Esportes

Gareca renova com Peru em meio a escândalo de corrupção no futebol do país

Gareca, de 60 anos, conseguiu levar o time peruano para disputar um Mundial após 36 anos de ausência.

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O técnico Ricardo Gareca renovou nesta quarta-feira contrato com a seleção peruana por mais três anos, com possibilidade de extensão por mais um. O novo vínculo tem validade até o final das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, de 2022.

"Tenho que agradecer à Federação Peruana de Futebol por voltar a confiar no nosso trabalho. Estamos felizes em estender esse vínculo", disse em entrevista coletiva. "A ideia é tratar de nos superarmos. Durante os anos fomos encontrando as soluções. Vamos observar todos os jogadores sem nos preocupar com a idade. Acreditamos que vamos encontrar os elementos necessários para atingir nossos objetivos", emendou.

Gareca, de 60 anos, conseguiu levar o time peruano para disputar um Mundial após 36 anos de ausência. Na Copa do Mundo da Rússia, no entanto, a equipe foi eliminada na primeira fase, com duas derrotas e uma vitória. A comissão técnica também continuará a mesma, com o auxiliar uruguaio Sergio Santín e o preparador físico argentino Néstor Bonillo.

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A renovação acontece em um momento de turbulência na alta cúpula da Federação Peruana de Futebol. O presidente da entidade, o empresário Edwin Oviedo, está sendo investigado por um suposto envolvimento no assassinato de ao menos dois opositores. Os crimes teriam como motivação seu fortalecimento na liderança da produção de açúcar no país.

Gareca evitou se posicionar nessa polêmica. "Nosso compromisso não é com nenhuma pessoa em particular, mas com a instituição e com o povo peruano", afirmou. A divulgação de dezenas de áudios de interceptações telefônicas autorizadas pela polícia mostrou que funcionários jurídicos e empresários formavam parte de uma grande rede para realizar favores jurídicos. Nesse esquema, juízes e fiscais eram nomeados de acordo com o interesse desses empresários.

Em um desses áudios, Oviedo conversa com o juiz do supremo César Hinostroza para coordenar a entrega de credenciais e ingressos ao magistrado para assistir à Copa do Mundo da Rússia. Hinostroza, um dos protagonistas da rede de corrupção, está suspenso do cargo e também de exercer a advocacia.

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Mesmo que os áudios das conversas de Oviedo não mostrem nada ilegal no momento, o juiz Juan Carrasco, que investiga os assassinatos dos opositores de Oviedo, afirmou ao jornal local Correo que aumentam as "suspeitas sobre algum tipo de ajuda" recebida pelo dirigente esportivo para que seja excluído da investigação. Oviedo tem negado todas as acusações e informou que não renunciará ao cargo.

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