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Esportes

Fifa anuncia intervenção na Associação Uruguaia para conter crise institucional

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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A Fifa anunciou nesta quarta-feira que assumiu o controle da Associação Uruguaia de Futebol (AUF) por meio de um comitê de regularização. A medida foi tomada para conter uma crise institucional, que começou após a renúncia do presidente da entidade uruguaia, Wilmar Valdez, em julho.

A intervenção foi definida em reunião realizada pelo Conselho da Fifa em Zurique, no dia 21 de agosto. O grupo provisório será formado por cinco pessoas indicadas pela Fifa e pela Conmebol e ficará no comando da AUF até 28 de fevereiro de 2019. Nesse período deverá gerir a federação, revisar seus estatutos e programar novas eleições.

A crise na AUF começou no final de julho, quando o presidente Wilmar Valdez renunciou ao cargo. Sua saída teria sido motivada pela existência de áudios que supostamente envolviam o nome do mandatário em um processo fraudulento licitatório para compra de câmeras de identificação para o estádio Centenário.

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A Fifa informou que a Conmebol "comunicou que o processo eleitoral para o cargo de presidente da AUF não cumpria os requisitos de transparência que existem nos estatutos das organizações". A carta ainda informou que "quando os estatutos da AUF estiverem alinhados com os da Fifa e da Conmebol, o comitê interventor deverá programar novas eleições".

AUF PEDE REUNIÃO COM INFANTINO - O advogado Alejandro Balbi, dirigente da AUF, informou em entrevista à emissora uruguaia Canal 12 que a federação pedirá uma audiência com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, pedindo a reconsideração da decisão.

Os dirigentes dos clubes uruguaios também se reuniram na segunda-feira e ficou decidido que um grupo viajará para o Paraguai para se reunir com dirigentes da Conmebol. A ideia é não deixar que o grupo interventor assuma o controle da AUF, já que ainda não foi nomeado.

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A renúncia de Valdez também respingou no governo uruguaio de Tabaré Vázquez. Documentos revelados pela imprensa do país indicaram que o ministério do Interior, cujo vice-ministro é Jorge Vázquez, irmão do presidente, acabou favorecendo a empresa que ganhou a concorrência para fornecer as câmeras de identificação solicitadas pela AUF.

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