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Esportes

Madura, Damiris vira ala e muda a cara da seleção de basquete

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio -

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Na seleção brasileira feminina de basquete desde os 17 anos, Damiris chega aos Jogos Olímpicos do Rio uma mulher. A caçula da equipe que foi a Londres, em 2012, parece outra pessoa, não só fora como também dentro de quadra. Na equipe do técnico Antonio Carlos Barbosa, Damiris é ala, não mais pivô.

"Disse a ela que, se adaptando bem, poderia ser uma das melhores do mundo. É uma posição carente de jogadoras da altura dela e do arremesso que ela tem", argumenta Barbosa, que reassumiu o cargo de técnico da seleção brasileira no fim do ano passado.

Barbosa não descobriu a roda. Desde que foi a MVP do Mundial Sub-19 de 2011, levando o Brasil à medalha de bronze, é senso comum que Damiris tem habilidade demais para ser subaproveitada como ala/pivô e talento o suficiente para ser uma das melhores do mundo. Só que ninguém havia conseguido deslocar Damiris de posição.

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"Outros técnicos já tentaram fazer isso também, mas não deu muito certo porque era pouco tempo de preparação. Quando eu ainda estava na Liga (Feminina de Basquete, jogando pelo Corinthians), o Barbosa já estava falando isso", conta a jogadora. "Começava o ano e o técnico falava assim: 'você vai ser lateral esse ano'. Mas eu nunca era." Nos clubes, ninguém quis abrir mão dos rebotes que Damiris consegue colher no garrafão.

Agora, ajudou o fato de que, por razões pessoais, Damiris ter aberto mão de disputar a WNBA na atual temporada. Isso fez com que ela se apresentasse antes do previsto na seleção e, consequentemente, tivesse mais tempo para se adaptar. Fez treinos extras, especialmente de arremessos. "A Clarissa cansou de pegar rebote meu."

A preparação, diz ela, foi também psicológica. Não é fácil mudar o raciocínio de uma atleta que a vida inteira jogou embaixo do garrafão. Agora Damiris aparece pelos lados, ajudando Iziane no perímetro e aumentando as chances ofensivas do Brasil. Com ela deslocada, o time pode ter Clarissa e Erika jogando juntas como pivôs. A veterana Adrianinha completa o quinteto titular, o melhor que a seleção tem em muitos anos.

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"A nossa equipe está muito forte. Jogando com a Kelly, Nadia, Clarissa, Érika, quem estiver no garrafão o time está muito entrosado e muito focado. A gente se adaptou bem. O Barbosa implantou jogadas que facilitam bastante também. Estou gostando pra caraca", admite.

Aos 23 anos, Damiris tem no currículo uma Olimpíada, dois Mundiais e passagens pelo basquete dos EUA e da Espanha. Chegou a hora de mostrar o potencial que sempre prometeu ter.

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