Desportiva vence o clássico e faz crise explodir no Rio Branco

Clássico se joga e se vence. Foi este o lema que a Desportiva Ferroviária adotou, antes, durante e após  o clássico contra o Rio Branco, na noite desta terça-feira (16), pela quarta rodada da segunda fase da Copa Espírito Santo.

O time grená venceu o maior rival por 2 a 0, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica. E além de comemorar o seu resultado, fez a crise explodir no Rio Branco.

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COMO FICA A TABELA

Com a vitória, a Desportiva chegou a cinco pontos, na vice-liderança do Grupo B, dois pontos atrás do Vitória, que ainda joga na rodada.

"É uma sensação muito boa. Este grupo tem trabalhado bastante e estamos procurando mudar o patamar da Desportiva. Tem sido um trabalho árduo diariamente para a Desportiva ser um clube no cenário nacional", comemorou o técnico da Desportiva, Emerson Nunes.

Já o Rio Branco permanece com dois pontos, sete pontos atrás do Porto Vitória, que lidera o Grupo A e ainda vai jogar na quarta rodada.

Na segunda fase da Copa Espírito Santo, os times do Grupo A enfrentam as equipes do Grupo B, em turno e returno. Ao final das oito rodadas, o líder de cada grupo se classifica para a final.

CRISE NO RIO BRANCO

Com a derrota no clássico, o Rio Branco segue sem vencer na segunda fase da Copa Espírito Santo. São duas derrotas e dois empates, faltando agora quatro jogos para tentar uma reação e brigar pela, agora improvável, vaga na final do campeonato.

O jogo teve momentos de tensão no time alvinegro. O técnico Rodrigo César foi bastante criticado pela torcida durante e após o jogo. Já o atacante Edinho chamou o time de "frouxo" quando deixou o campo, no intervalo do primeiro para o segundo tempo.

"Frouxo. Clássico não se perde dividida. Foi falado dentro do vestiário. Confronto direto você tem que ganhar. Quando a gente fala confronto direto, não é pra você agredir o adversário, é pra você ganhar as disputas de bola. E não foi o que aconteceu no primeiro tempo. Tomamos dois gols por falhas nossas", disparou Edinho, bastante irritado, em entrevista à equipe da TVE.

Já na parte final da partida, o meio-campista Rhayner bateu boca com torcedores ao ser substituído e acabou expulso.

COMO FOI O JOGO

Logo aos seis minutos, em jogada ensaiada de bola parada, Wyllian Sotto cruzou alto, por trás da defesa, e Rafael Gelatti, de cabeça, fez 1 a 0 para a Desportiva.

A equipe grená seguiu melhor e quase ampliou aos 10, novamente com Gelatti, de cabeça, mas o goleiro João Pedro fez boa defesa.

O Rio Branco chegou pela primeira vez aos 15, com Maranhão chutando forte pelo lado esquerdo da área, mas parando no goleiro Andrey, que mandou pra escanteio.

Quando o Capa-Preta estava melhor, a Locomotiva Grená voltou a comandar o placar. Aos 30 minutos, após bobeada da defesa alvinegra dentro da área, o centroavante Rafael Carioca bateu de primeira, com força, sem defesa para o goleiro João Pedro e fez 2 a 0.

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SUBSTITUIÇÃO DO ÁRBITRO

Imediatamente, a torcida do Rio Branco passou a vaiar o time. O segundo tempo voltou com as equipes pouco ameaçando.

Aos 18 minutos, uma cena curiosa: o árbitro Dyorgines Padovani deixou o campo chorando, se sentindo mal, e foi substituído por Igor Luz. Em sua primeira ação, o árbitro expulsou o meio-campista Rhayner, que tinha acabado de ser substituído por Douglas Caé e discutia com torcedores enquanto caminhava rumo ao banco de reservas do Rio Branco.

Os times seguiram sem mexer no placar até o final do clássico, para festa da torcida grená e muitos protestos dos capa-pretas.

As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 30 de julho, novamente no Kleber Andrade, pela quinta rodada da segunda fase, agora com mando de campo da Desportiva.

RIO BRANCO 0 X 2 DESPORTIVA

ESTÁDIO: KLEBER ANDRADE

RIO BRANCO: João Pedro; Bruno Moura (Anderson Paulista), Gustavo Carbonieri, Jonata (Cauê) e João Paulo; Anderson Silva, Rhayner (Douglas Caé), Aloísio (Minho); Douglas Oliveira (Daniel Bôaz), Maranhão e Edinho. Técnico: Rodrigo César

DESPORTIVA: Andrey; Jean Carlo, Lucimário, Theo Kruger e Ramon; Patrick (Edson Silva), Rafael Gelatti, Willyan Sotto (Alê Santos), Júlio Henrique (Jalysson); Luiz Felipe (Adryan) e Rafael Carioca (Caio Felipe) Técnico: Emerson Nunes

GOLS: primeiro tempo — Rafael Gelatti, aos seis minutos, Rafael Carioca, aos 30.

ÁRBITRO: Dyorgines Padovani (Igor Luz)

RENDA: R$ 23.100,00

PÚBLICO: 1.333 torcedores