/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Esportes

Três perícias apontam falha de segurança e Corinthians tem eleição sob suspeita

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Enquanto o técnico Osmar Loss está pressionado no Corinthians após perder o clássico para o São Paulo, os bastidores do clube fervem. A suspeita de que houve irregularidades na eleição para presidente aumentou após três auditorias constatarem falhas de segurança na votação e o Ministério Público deixar claro que não é possível assegurar a integridade do pleito, que colocou Andrés Sanchez de volta ao poder.

Ainda não chegou-se a conclusão de que houve fraude. De certo, apenas que ocorreram falhas de segurança no sistema de votação, que foi feito pela Telemeeting Brasil. Diante disso, na semana passada, o MP se manifestou dizendo que "ficou demonstrada a absoluta violação da confiabilidade e seriedade do pleito e o desvirtuamento do processo eleitoral de um dos maiores clubes do Brasil, vez que o presidente e chapas não foram eleitos dentro de um processo democrático íntegro, seguro, confiável e hígido".

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

As falhas na eleição foram encontradas pela Dynamics Perícias, contratada por Paulo Garcia, candidato que ficou em segundo lugar, e pela Perícias Informática, paga pela Comissão Eleitoral do Corinthians e o Instituto de Criminalística, órgão da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Quem apontou dados que mais levantou dúvidas da idoneidade da eleição foi a Dynamics. Ela detectou uma diferença de 25 votos entre os que foram apurados e o número de sócios que assinaram a lista de presença. Além disso, na véspera da eleição, foi apresentado o sistema de votação para os auditores e fiscais e, após a exibição do mesmo, o computador foi lacrado e gerou um código. O número, entretanto, apareceu diferente quando foram checar as máquinas ao final do pleito.

Além disso, os votos foram registrados por meio de uma rede Wi-Fi considerada vulnerável, pois não havia criptografia, o que facilita um acesso de terceiros aos dados.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

A Perícias Informática constatou que houve a divergência no código do computador, mas que isso ocorreu por falha de um funcionário da Telemeeting e que o problema não pôde ser corrigido após a eleição por causa da confusão depois do anúncio da vitória de Andrés Sanchez. A perícia também destaca a fragilidade da rede Wi-Fi. O Instituto de Criminalística aponta que a alteração dos códigos se deu antes da eleição e que o sistema de votação se comportou de forma esperada.

Em fevereiro, pouco tempo depois da eleição, Paulo Garcia entrou com uma ação criminal alegando suspeita de fraude e a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso e determinou a apreensão de computadores.

AUDIÊNCIA E RISCO DE PRISÃO - A Justiça determinou a realização de uma audiência no dia 27 de agosto para ouvir funcionários da Telemeeting. Sendo constatada a fraude, ainda será preciso que alguém (possivelmente, membros da oposição de Andrés Sanchez) entre com uma ação na Justiça Civil e no Conselho Deliberativo do clube para impugnar o resultado das urnas e anular a eleição. Se isso se concretizar, uma nova votação irá ocorrer.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

Atestando as irregularidades, os responsáveis pela Telemeeting podem ser enquadrados no artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor, que prevê pena de três meses a um ano de prisão e pagamento de multa. Caso confirme a participação de alguém do clube, essa pessoa também pode sofrer punições e ser expulsa do Corinthians.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.