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Esportes

Amistoso entre Bolívia e Brasil, em abril de 2013, foi usado para desvio de renda

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - Dirigentes da Federação Boliviana de Futebol são acusados de usar o amistoso entre a seleção brasileira e a Bolívia, no dia 6 de abril de 2013, para desviar dinheiro. A suspeita do Ministério Público boliviano é que a renda da partida disputada em Santa Cruz de la Sierra, que deveria ser revertida para a família do garoto Kevin Espada, morto em jogo da Copa Libertadores entre San Jose e Corinthians, acabou indo para o presidente da Federação Boliviana, Carlos Chávez, o secretário executivo Alberto Lozada e outros funcionários.

Os dois foram presos na semana passada acusados de formação de organização criminosa, legitimação de lucros ilícitos, uso indevido de influência, benefícios em razão do cargo, delitos tributários e de mexer com a circunstância agravante de múltiplas vítimas. Nesta quinta-feira, também foram detidos Jorge Justiniano e Pedro Zambrano, membros do Comitê Executivo da entidade.

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"A realidade é que o Brasil jogou de forma gratuita para ajudar a família de Kevin. Carlos Chávez e outros dirigentes abusaram dessa boa vontade e das pessoas que pagaram suas entradas", disse o procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, em seus documentos.

Chávez é também tesoureiro da Conmebol. José Maria Marin, presidente da CBF à época, e responsável por costurar a realização do amistoso, está preso na Suíça, acusado de receber propina em outro caso da Traffic.

Para a partida entre as duas seleções, a arrecadação com bilheteria foi de US$ 550 mil. Após o pagamento de despesas, a Federação Boliviana anunciou que os pais de Kevin ficariam com apenas US$ 21,5 mil, o equivalente a 5% da renda. Mas parentes do garoto dizem que não receberam o dinheiro.

O MP da Bolívia também acusa Chávez de ter usado o amistoso para desviar recursos dos direitos de transmissão. Segundo o dirigente, a negociação teria sido feita com uma empresa argentina, mas os promotores alegam que a transação foi realizada em Santa Cruz de la Sierra.

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Há suspeita de que os pagamentos foram feitos em contas fantasmas. Lozada indicou que existem duas contas oficiais em nome da federação e Chávez declarou que são três. O problema é que o banco informou ao Ministério Público que o total de contas chega a cinco. Ainda de acordo com o MP, cheques foram emitidos em nome de Lozada e seu filho sem qualquer justificativa.

Troca de correspondências entre Chávez e Marin obtida pela reportagem revela que os direitos de transmissão de tevê internacional e no Brasil foram da CBF e que 20% da publicidade estática seria destinada a patrocinadores da entidade. Procurada, a CBF disse que não se pronunciaria.

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