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Esportes

Técnico do Shakhtar detona brasileiros e critica o Flu

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Donetsk - Insatisfeito com o comportamento de seus jogadores brasileiros durante a pré-temporada, já que boa parte deles se recusou a viajar com a equipe para a Ucrânia alegando medo pela crise política do país, o técnico do Shakhtar Donetsk desabafou. Em uma forte entrevista para o site do clube, Mircea Lucescu, criticou o profissionalismo dos atletas do Brasil e admitiu que é "muito difícil trabalhar com eles".

"É muito difícil trabalhar com eles. Eu gosto muito deles e aprecio demais o futebol brasileiro. Mas o seu profissionalismo deixa a desejar mais. Quando assinam um contrato, eles precisam entender que esse contrato deve ser respeitado. O Shakhtar subiu para um nível em que não pode ter jogadores pouco profissionais. Porque do Shakhtar se exige unicamente que melhore os resultados", disse.

Após um amistoso na França há duas semanas, Douglas Costa, Alex Teixeira, Fred, Dentinho e Ismaily, além do argentino Facundo Ferreyra, se recusaram a voltar à Ucrânia por conta do medo, e só nos últimos dias se reapresentaram. Outros nomes, no entanto, como Bernard, que teve férias prolongadas pela Copa do Mundo, e Wellington Nem, que força uma transferência para o Fluminense, seguem sem treinar, o que irritou Lucescu.

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"O mesmo é válido para o Bernard: ele chegou um mês e meio atrasado depois da assinatura do contrato (no início da última temporada). Mas nós o entendemos: ele é jovem. Mas agora está de novo atrasado. Eu lhe dei duas semanas para descansar depois da Copa. Ele deveria ter vindo duas semanas depois, supostamente, no dia 27, 28 no máximo, mas ele ainda não veio", comentou.

Sobre Wellington Nem, o treinador demonstrou ainda mais irritação e estendeu suas críticas ao Fluminense. Lucescu reclamou da forma como clube e jogador tentam forçar a transferência do Shakhtar e ainda acusou a equipe brasileira de ter vendido o atleta, em junho do ano passado, escondendo um problema físico.

"O mesmo com o Nem. Dizem que o Fluminense quer ficar com ele. Mas foi o Fluminense que nos apresentou o Nem quando ele estava tendo problemas na virilha fazia oito meses, e não nos disseram nada sobre isso. E agora querem pegar ele de volta como agente livre. No ano passado nós pagamos um bom dinheiro pelo passe dele e o próprio Nem assinou um bom contrato para si. E acabou não jogando nunca, esteve sempre lesionado. Para falar a verdade, eu nem sei direito o nível de suas capacidades! E agora eles querem ele de volta, livre, e exercem pressão sobre o jogador para que ele fique no Fluminense", disparou.

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De acordo com Lucescu, esse comportamento dos jogadores brasileiros é influenciado por seus empresários, que "pensam em primeiro lugar em seus interesses profissionais". O treinador garante que é fã do futebol do País, mas volta a se revoltar quando conclui: "Eles nos tomam por bobos".

"A impressão que dá é que nos tomam por bobos. Nos vendem o jogador e criam pressão para que, passado um ano, esse mesmo jogador regresse como agente livre! A mim não surpreende o comportamento de alguns jogadores, quando a própria liderança dos clubes se comporta desse jeito! No que diz respeito a isso, eu me sinto, evidentemente, muito insatisfeito. Ainda mais porque amo demais os brasileiros e dou grande valor ao talento deles. No entanto, eles estão cercados por pessoas que não têm perfil elevado", afirmou.

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