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Esportes

Circuito do Aço: mercado de corrida de rua cresce e atrai cada vez mais pessoas

O segmento é tendência em todo o país, onde o número de participantes cresceu 50% nos últimos seis anos, segundo dados do Sebrae

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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O número de participantes em corridas de rua cresce a cada ano. Estima-se que hoje sejam seis milhões de corredores, o segundo esporte mais praticado no Brasil. É cada vez maior o número de pessoas que levam o esporte muito a sério, e não apenas como hobby ou alternativa de prática esportiva de rotina.

Isso pode ser verificado, por exemplo, pela quantidade de corridas de rua em todo o país, atraindo não só profissionais, que lutam pelas premiações, como também amadores que treinam forte e buscam a superação pessoal e o prazer do alcance de metas.

O "boom" das corridas de rua também tem gerado um efeito positivo na cadeia produtiva do turismo, já que os competidores que são atraídos acabam movimentando diversos elos desse setor, como hotéis, restaurantes, comércio e agências de viagem.

Para se ter uma ideia da dimensão que o segmento alcançou, a febre de correr, antes footing¸ agora running, consolida-se como um fenômeno universal que já contagiou, somente nos Estados Unidos, mais de 50 milhões de pessoas e gera 3 bilhões de dólares (equivalente a R$ 9,7 bilhões) anualmente.

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No Brasil, o segmento é tendência em todo o país, onde o número de participantes cresceu 50% nos últimos seis anos, segundo relatório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Nos últimos dez anos, houve crescimento em mais de 200% em número de corridas de rua realizadas em todo o país. Isso movimenta, por ano, quase R$ 1 bilhão na economia brasileira”, destaca Sílvio Moreira, articulador regional do Sebrae.

No Espírito Santo, para se ter uma ideia, somente entre junho e dezembro deste ano, estão previstas 46 provas de rua, segundo a Federação Capixaba de Atletismo. "Algumas provas despertam a atenção de corredores profissionais e amadores de fora do estado. Isso estimula o comércio local, seja em restaurantes, hotéis, pontos turísticos. A Meia Maratona de Vitória, no ano passado, teve a participação de corredores de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Santa Catarina. Há toda uma cadeia envolvida", diz o corredor e jornalista Matheus Thebaldi, do blog Corrida de Rua.

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Em provas com forte apelo turístico, é natural que os corredores conheçam novas pessoas e vivenciem o esporte nos dias em que estão viajando, com trocas de informações e experiências entre os atletas. Em uma competição “caseira”, disputada na mesma cidade onde corredor vive, a experiência tende a ser mais individualizada.

“O que muitos brasileiros entenderam é que correr não faz bem apenas para o corpo. Há benefícios mentais, como o estímulo do raciocínio rápido e a melhora da concentração, além da interação social nos treinos e nas competições. Ou seja, a corrida de rua é boa para o cérebro, o físico e até para o turismo”, explica o psicólogo Augusto Jimenez.

Superação em família

Foto: Reprodução/Facebook

Cruzar a linha de chegada é um momento especial para muitos corredores, mas para Daniel Gracie Pereira, de 47 anos, é ainda mais emocionante. Por conta de problemas de saúde, o morador de Manhuaçu, Minas Gerais, e ex-atleta profissional, apaixonado pelas pistas, teve que ficar de fora das ruas. Após longo tratamento, ele superou as dores para correr com o enteado, Isaac, de 11 anos, em um triciclo. Isaac tem paralisia cerebral, hidrocefalia e epilepsia. 

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O esporte foi o responsável por afastar o baixo astral e, principalmente, ser um recomeço para a dupla. “Parei de correr profissionalmente quando fui submetido a uma cirurgia na coluna. Comecei a namorar a mãe do Isaac e fazia caminhadas com ele durante a minha recuperação. Eu percebia que ele ficava muito alegre enquanto eu empurrava a cadeira de rodas”, conta Daniel.

Guiado pela esperança de melhora no quadro clínico de Isaac, Daniel intensificou os treinos com o filho nos finais de semana até encarar a primeira prova. “A equipe responsável pela fisioterapia e ecoterapia do Isaac percebeu uma grande melhora no tratamento dele após começarmos a correr. Foi então que começamos a treinar bastante nos finais de semanas e passei a levá-lo nas corridas”.

Foto: Everton Nunes

A primeira corrida de Isaac foi inesquecível para o pai e toda a família. “Ele ficou louco com a quantidade de gente, balançava os bracinhos para o pessoal que passava. O olhar dele, no final das corridas, é como querendo dizer “é bom demais, pai”.

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O pai e o filho se apaixonaram pela corrida de rua e hoje viajam pelo país atrás de provas. Daniel ainda tem alguns sonhos para realizar. “O meu maior desejo é conseguir um tratamento melhor para o Isaac. A única coisa que eu quero é vê-lo feliz. Eu tenho certeza que Deus vai me dar a oportunidade de correr um dia sozinho ao lado dele”, diz, emocionado.

Circuito do Aço

Foto: Divulgação/ArcelorMittal Tubarão

Ainda dá tempo de participar de uma das provas de rua mais tradicionais do Espírito Santo: o Circuito do Aço. A corrida será realizada no dia 16 de junho. As inscrições devem ser feitas no site tubarao.arcelormittal.com/circuitodoaco até a próxima sexta-feira (31) ou até que se preencham as vagas disponíveis. 

Inscreva-se no Circuito do Aço!

Todo o valor das inscrições, que custam R$ 50,00, será revertido para a compra de dois carros populares 0 km, a serem doados para a Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes) e para a Associação Lar Semente do Amor (ONG que contribui para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em risco social no município de Serra). 

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A entrega dos kits dos atletas será feita no dia 15 de junho, das 8 às 15 horas, no Centro de Educação Ambiental (CEA) da ArcelorMittal Tubarão, com entrada pela antiga portaria administrativa da empresa. Cada kit conterá uma camiseta promocional, um boné, um numeral de identificação com alfinete, uma sacola promocional e um chip descartável.

A corrida, que a cada ano ganha mais importância, terá como padrinho o medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima. Ele participará de vários momentos do evento, incluindo a entrega dos kits dos atletas e as duas corridas. Além de interagir com os participantes, ele vai dar a largada das corridas e entregar as premiações aos vencedores.

Circuitinho

A criançada não ficará de fora. O 2º Circuitinho do Aço ocorrerá no dia anterior, no sábado (15), na sede da ArcelorMittal Tubarão. São 200 vagas para crianças de 5 a 10 anos, cuja inscrição custa R$ 25,00. A prova será realizada na ArcelorMittal Tubarão, com largada às 8h30, no pátio das bandeiras. A distância a ser percorrida vai variar conforme a idade:

- 60 metros para crianças com 5 e 6 anos;

- 80 metros para 7 e 8 anos;

- 100 metros para 9 anos;

- 120 metros para 10 anos.

Premiação

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Todos os participantes que fizerem o percurso da prova no tempo máximo previsto de uma hora e meia receberão medalha de participação no evento. Além disso, os três primeiros colocados (masculinos e femininos) da categoria “Corredores” receberão troféus por faixas etárias.

Haverá também premiação especial para os três primeiros colocados na categoria “Geral Masculina e Feminina”, na categoria “ArcelorMittal Tubarão” (somente para empregados) e “Atletas com Deficiência”. A premiação especial em cada categoria será de R$1.000,00 para o 1º colocado, R$ 700,00 para o 2º colocado e R$ 500,00 para o 3º colocado.

Percurso

O 14º Circuito do Aço terá largada às 7h30 do dia 16/06 na Portaria Industrial da ArcelorMittal Tubarão, localizada na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes. Nos primeiros metros do percurso de 10 km os atletas terão acesso à estrada Vitória-Jacaraípe (ES-010), até à chegada na Portaria da Aest, em Manguinhos.

Foto: Divulgação/ArcelorMittal Tubarão

Serviço

14ª edição do Circuito do Aço

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- Quando: 16 de junho, com largada às 7h30
- Inscrições: tubarao.arcelormittal.com/circuitodoaco (até 31 de maio), no valor de R$ 50,00
- Vagas: 1,6 mil atletas
- Entrega dos kits: dia 15 de junho, das 8 às 15 horas, no Centro de Educação Ambiental (CEA) da ArcelorMittal Tubarão, com entrada pela antiga portaria administrativa da empresa


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