Palmeiras recorre ao poder da sua nova arena para ganhar do Goiás
São Paulo - O Palmeiras entra em campo com uma certa dose de pressão, já que ainda não conseguiu render o esperado nas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Como a semana que vem promete ser bastante agitada, vencer o Goiás neste domingo, em um lotado estádio Allianz Parque, em São Paulo, às 11 horas, é fundamental para acalmar os ânimos e dar uma revigorada nos atletas.
A equipe alviverde vem de dois empates na competição e com atuações bem abaixo da crítica. A semana foi de muita conversa entre a comissão técnica e Oswaldo de Oliveira, além de uma autocrítica bastante realista. O atacante Rafael Marques, por exemplo, chegou a falar em atitude, principalmente para chegar ao gol adversário.
"Acredito que falte mais atitude. Temos de colocar isso em prática lá na frente. Mantivemos a posse, mas não tivemos muita criação. O Oswaldo tem cobrado isso. É o que ele mais cobra e cada um tem de saber em que pode melhorar, para não ter a desconfiança do time", comentou o jogador.
Depois do jogo contra o Goiás, o Palmeiras tem duas importantes partidas. Encara o ASA, de Arapiraca (AL), na quarta-feira, pelo primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil. O time do interior de Alagoas entrou para a história alviverde ao eliminá-lo da Copa do Brasil em 2002 e, mesmo já tendo se encontrado depois, a partida ainda não saiu da memória dos palmeirenses. E essa pressão para apagar de vez o vexame ocorrido no passado ainda faz parte do clube. Oswaldo de Oliveira vai tentar evitar que isso chegue aos atletas, embora a missão não seja das mais fáceis.
A polêmica decisão do TJD, em conceder o efeito suspensivo ao atacante Dudu, mas só a partir do dia 3 de junho, também agitou os bastidores do clube e se tornou mais um fato para Oswaldo administrar. Completando a lista das decisões, no domingo que vem a equipe tem pela frente o primeiro clássico no Brasileirão. Encara o Corinthians, no Itaquerão, em um jogo onde o rival quer se vingar da eliminação no Estadual e ao mesmo tempo é a oportunidade do clube alviverde mostrar que realmente tem condições de brigar por coisas grandes no campeonato.
Em meio aos desafios do time, esse pode ser um dos últimos jogos de Valdivia pelo Palmeiras. O meia se apresenta à seleção chilena após o clássico e, como tem contrato até o dia 17 de agosto, deve definir seu futuro, que parece cada dia mais distante da Academia de Futebol, durante a competição no Chile.
Para não ter de conviver com tudo isso e ainda mais pressionado, derrotar os goianos é fundamental. Oswaldo de Oliveira resolveu fazer mudanças na equipe, algumas por opção e outras por necessidade. A principal delas é o retorno de Zé Roberto para a lateral esquerda. Mesmo ele sendo tão criticado nos últimos jogos em que atuou na posição, continua com prestígio e Egídio foi para o banco de reservas. "O Zé Roberto foi eleito o melhor da posição no Brasileiro do ano passado e no Paulista deste ano. E temos boas opções no meio de campo", justificou.
Quanto a Dudu, o clube tentou, mas não conseguiu liberá-lo para estar em campo. Como Kelvin se recupera de uma forte gripe, Alan Patrick foi testado na posição e deve ser o escolhido para ficar com a vaga, pelo menos no jogo deste domingo.
CASA CHEIA - Em mais uma prova do quanto confia no time, a torcida do Palmeiras vai lotar o Allianz Parque novamente. Foram vendidos antecipadamente mais de 30 mil ingressos para a partida e a casa estará cheia neste jogo matinal.