Torcedores são acusados de homicídio doloso no Recife
Recife - Em entrevista coletiva realizada no final da tarde desta sexta-feira, a delegada Gleide Ângelo, da Polícia Civil de Pernambuco, afirmou que os três homens presos sob a acusação de atirar dois vasos sanitários da arquibancada do Estádio do Arruda, na última sexta, no Recife, matando o torcedor do Sport Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, após a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B do Brasileiro, agiram de forma dolosa e planejada. Os suspeitos são Luiz Cabral de Araújo Neto, de 30 anos, Everton Filipe Santana, de 23 anos, e Waldir Pessoa Firmo Júnior, de 34 anos.
Segundo a delegada, o trio já havia saído do estádio e decidiu voltar depois de presenciar uma briga entre torcedores da Inferno Coral (torcida organizada do Santa Cruz) e a Jovem (principal uniformizada do Sport). "Eles voltaram ao interior do estádio dispostos a subir as arquibancadas e jogar pedras contra a torcida do Sport, que estava nas proximidades. Como não acharam pedras, arrancaram os vasos sanitários e arremessaram", contou Gleide Ângelo.
Ainda de acordo com as investigações policiais, os três suspeitos, que integram a Inferno Coral, não tiveram nenhuma dificuldade para entrar ou sair do estádio, apesar das afirmações do presidente do Santa Cruz, Antonio Luiz Neto, de que houve uma varredura no local para impedir a permanência de torcedores após o término do jogo.
O trio de acusados está preso no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel), na região metropolitana do Recife, e deve responder pelos crimes de homicídio doloso e formação de quadrilha, além de tentativa de homicídio contra outras três vitimas que acabaram feridas com os estilhaços dos vasos sanitários. O inquérito policial deve ser concluído na próxima semana.