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Esportes

Lendas do esporte nacional lamentam morte de Luciano do Valle

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São Paulo - Várias lendas da história do esporte brasileiro lamentaram neste sábado a morte do narrador Luciano do Valle, que faleceu durante à tarde após passar mal em um voo que partiu de São Paulo e foi até Uberlândia, onde ele narraria neste domingo, pela TV Bandeirantes, o jogo entre Atlético Mineiro e Corinthians, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

 

O locutor, que se tornou um ícone também pelo papel histórico que teve para alavancar o crescimento dos esportes no Brasil nas últimas décadas, foi reverenciado por ex-atletas que tiveram feitos de suas carreiras eternizadas pelas narrações do profissional.

"A minha ficha não caiu. O Luciano além de ter sido um dos maiores locutores que o Brasil já teve, foi um grande amigo e responsável pelo surgimento da dupla Hortência e Paula. Deu muita força para o basquete. Cara maravilhoso, grande companheiro. Não sei o que dizer, estou em estado de choque. Tomei um susto", afirmou Hortência, campeã mundial com a seleção brasileira de basquete em 1994 e vice-campeã olímpica em 1996, em entrevista para a TV Bandeirantes. "A gente fica procurando palavras para dizer o que ele representou... São tantas, que não sabemos nem como nos expressar nesse momento. É um 'irmãozão'. Não sei o que te falar", completou.

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Paula, que participou destas mesmas conquistas históricas do basquete brasileiro ao lado de Hortência, também não escondeu o abatimento com a morte de Luciano do Valle. "Me pegou de surpresa essa notícia. Queria uma notícia melhor hoje, mas, enfim, o Luciano transcendeu a questão de ser o nosso narrador, é o cara dos esportes olímpicos, e escutar a voz dele nos nossos jogos era sempre uma emoção. A gente tem que ficar aqui lembrando tantas coisas boas que ele fez para o esporte brasileiro", disse Paula, também para a Band. "Ele narrou nosso título mundial na Austrália, onde ninguém acompanhou, só a Band acompanhou. Tudo que ele falava nas narrações vai ficar para sempre", completou a ex-jogadora, que mais tarde enfatizou: "A família dele que fique tranquila. Ele cumpriu a missão dele de maneira brilhante".

Três vezes campeão olímpico como técnico, sendo uma pela seleção masculina de vôlei, em 1992, e duas pela feminina da mesma modalidade, em 2008 e 2012, José Roberto Guimarães foi outra lenda do esporte nacional que se mostrou arrasada com a morte do homem que foi fundamental para o crescimento do vôlei brasileiro. Isso principalmente na década de 1980, quando o Brasil foi vice-campeão olímpico com a famosa "geração de prata" nos Jogos de Los Angeles, em 1984.

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"Não sabia dessa situação (da morte). É muito complicado. Complicado porque a gente perde não só o melhor locutor que o Brasil já teve, mas um grande amigo. Uma pessoa que me ajudou muito, esteve ao meu lado, principalmente nos momentos mais difíceis. Eu só tenho a agradecer pelo que ele fez. Pelo vôlei, pelo esporte. Ele era um visionário, sempre pensava na frente. É complicado falar alguma coisa dele. O Brasil está de luto, o esporte brasileiro também. Temos que fazer uma homenagem a um dos maiores ídolos que temos", ressaltou Zé Roberto à TV Bandeirantes.

FITTIPALDI - Emerson Fittipaldi, que teve suas históricas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, na Fórmula Indy, e o próprio título que obteve na categoria, narradas por Luciano, também expressou sua dor pela morte do jornalista. "É uma notícia muito triste para o esporte brasileiro. Ele sempre elevava o nível dos atletas em todos os esportes que ele entrou. Foi uma pessoa fantástica para o esporte brasileiro. Ele conquistou muita coisa, conquistamos muita coisa juntos", disse o ex-piloto, bicampeão mundial de Fórmula 1, em entrevista para a Band. "O esporte perdeu uma grande parte da história dele hoje", completou.

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Fittipaldi também lembrou com saudade de um dos momentos mais marcantes de sua carreira. "Quando tive a primeira vitória em Indianápolis, aquela narração do Luciano foi muito emocionante. Festejamos tanto. A história do Luciano é fantástica, uma visão muito grande no esporte. Barão, meu pai, era muito amigo do Luciano. Onde o Luciano entrava dava certo. Ele conseguia transmitir a emoção no esporte. Foi uma grande perda para nós todos", enfatizou.

Hélio Castroneves, piloto da Penske na Indy, foi outro que ficou estupefato com a notícia da morte de Luciano do Valle. "Grande jornalista, se importava muito com as pessoas. No meu caso, quando passei por momentos difíceis nos Estados Unidos, com o problema da corte (foi julgado sob acusação de sonegação de impostos no país), ele foi uma das pessoas que se preocupou. Isso mostra o caráter, a pessoa que ele era. Tinha um coração enorme. É uma pena realmente que tenha nos deixado, mas quero lembrar dele pela história, pelas transmissões. Nunca vou me esquecer da narração que fez na minha primeira vitória", disse.

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Castroneves ainda exaltou o fato de que o narrador era um mestre na arte de transmitir emoção aos telespectadores em suas transmissões. "Quando assistia à corrida, em inglês, não tinha a mesma emoção. Com o Luciano narrando, me trouxe uma memória muito grande de quando o Emerson (Fittipaldi) venceu em 1989 (o título da Indy) e ele narrou. Foi muito gratificante ouvir o Luciano narrando minha primeira vitória. em 2001. Foi quando pensei: 'Cara, consegui chegar lá'. Nunca vou esquecer", completou o piloto.

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