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Esportes

Praia Clube amplia modalidades e mira ser referência olímpica e paralímpica

Estadão Conteudo

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A cada ano que passa o Praia Clube vem ganhando mais destaque nos esportes olímpicos do Brasil. Além do time de vôlei feminino, que é um dos mais fortes do País e figura em todas as decisões a cada temporada, o clube de Uberlândia optou por abraçar outras modalidades, como o vôlei de praia, basquete, basquete 3x3 e handebol, e vem colhendo frutos.

"Acredito que a mudança aconteceu em 2019, com a entrada da minha gestão. Já tínhamos o vôlei feminino entre os melhores, mas nós passamos a ver o alto rendimento de maneira diferente, olhando para outros esportes olímpicos e paralímpicos. Filiamos o clube ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e passamos a ter mais incentivos com isso que foram destinados ao esporte e outras modalidades passaram a fazer parte do clube", afirmou Carlos Augusto Braga, presidente do Praia Clube.

Com essa "nova mentalidade", o clube de Uberlândia buscou crescer no alto rendimento. Aproveitando a estrutura física e de profissionais já existente no Praia Clube, Carlos Augusto e sua diretoria buscaram se espelhar em outros clubes pelo Brasil que já tinham bons resultados para o esporte olímpico e paralímpico.

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"Já tínhamos uma estrutura bem grande, com piscinas, quadras poliesportivas, de tênis, para esportes de areia e também o Praia Clube já conquistava resultados nas categorias de base. A partir disso, olhamos para outros lugares e clubes, como Pinheiros, Paulistano, Minas, Sogipa, Clube Curitibano e outros para trazer o que era possível para nós. Projetamos colocar o alto rendimento dentro do clube e do dia a dia do associado. Além disso, conseguimos mudar algo que hoje se provou um acerto que foi trazer o vôlei de praia para dentro de um clube, o que nunca tinha sido feito", explicou o presidente.

Por causa da capacidade estrutural do clube, Uberlândia vem sendo cidade-sede de algumas competições de nível mundial de diversas modalidades, como etapas do circuito e Sul-americano de vôlei de praia, Sul-americano de vôlei feminino e Brasileiro interclubes de algumas categorias.

ALTO RENDIMENTO

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Com essa visão para o alto rendimento, o Praia Clube entendeu que o primeiro passo em busca das conquistas esportivas e do sucesso do projeto começava a ser dado. Acreditando em investimento para retorno em médio e longo prazo, o time de Uberlândia abriu o leque de esportes e visa se colocar entre os maiores do país em conquistas.

"Penso que o esporte no alto rendimento é e precisa ser feito dentro do clube. Não só aqui, mas como no Minas, no Flamengo, no Pinheiros, no Paulistano, em todos e, para se ter sucesso no olímpico e no paralímpico, é preciso dar o suporte ao atleta e aos times durante todo o ciclo, que atualmente resulta em Paris 2024. Acreditamos nisso e deixamos claro para todos os nossos atletas que isso é o nosso foco. Queremos figurar entre os clubes com mais medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago neste ano e em Paris 2024, mas para isso o processo começou lá atrás", comentou Augusto.

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Apesar de acreditar no projeto esportivo para resultados na próxima Olimpíada, o time mineiro já colheu alguns frutos nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados em 2021. Na edição, os atletas do Praia Clube trouxeram para o clube seis medalhas olímpicas e paralímpicas.

Para chegar neste objetivo em Paris, o clube mineiro buscou entrar em algumas modalidades com força total. No vôlei de praia feminino, o Praia Clube foi pioneiro ao trazer a modalidade de alto rendimento para o clube com Ana Patrícia e Duda, que estiveram nos Jogos Olímpicos de Tóquio e já conquistaram o Mundial pelo clube no último ano.

Olhando para o handebol, modalidade que terá início em 2023, o time contratou Morten Soubak, técnico campeão mundial pelo Brasil em 2013, como coordenador do projeto. Já no basquete 3x3, mais uma modalidade com o time recém iniciado, a equipe contará com jogadores que figuram na seleção brasileira.

INVESTIMENTO

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Ter uma estrutura que possibilita ter equipes de alto rendimento é um primeiro passo para ter sucesso, mas a questão financeira é sempre um fator para pesar. De acordo com o presidente do Praia Clube, o clube de Uberlândia equaciona as contas usando três pilares.

"O alto rendimento é mantido com três fatores. Sem usar o dinheiro do associado no alto rendimento, temos as verbas que vem do Comitê Brasileiro de Clubes, que recebemos por ser filiado a ele, temos os incentivos fiscais federais e estaduais e temos os patrocínios. No vôlei, que é a modalidade a mais tempo no alto rendimento, temos o mesmo grupo empresarial patrocinando há 15 anos. No futsal temos o mesmo patrocínio há quatro anos, no vôlei de praia são as mesmas empresas desde o início do projeto. Como apostamos em longo prazo e entendemos que é necessário esse suporte durante todo o ciclo olímpico, apresentamos as possibilidades de patrocínio mostrando que é importante seguir a longo prazo e isso tem acontecido", explicou o presidente.

ORIGEM DO NOME

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Antes do clube ser fundado, em 1935, existia uma espécie de praia na região por causa das margens do Rio Uberabinha, onde os frequentadores ficavam e nadavam. O lugar passou a ter este nome após a fundação e o hábito das pessoas se manteve por alguns anos ainda. O Rio Uberabinha ainda passa dentro do clube.

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