Investigação no Paraguai não muda cargo de Ronaldinho como Embaixador do Turismo
Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis Moreira ficarão à disposição da Justiça do Paraguai por tempo indeterminado
A investigação no Paraguai sobre o possível uso de documentos falsos não afetará o cargo de Ronaldinho Gaúcho como Embaixador do Turismo do Brasil. Ele foi nomeado no em 5 de setembro do ano passado pela Embratur, o Instituto Brasileiro de Turismo, órgão ligado ao Ministério do Turismo do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Questionada pelo Estado, a Embratur afirmou que a investigação no Paraguai é uma questão de foro pessoal de Ronaldinho Gaúcho. O instituto ainda lembrou que o cargo de Embaixador do Turismo do Brasil é voluntário.
"A Embratur informa que a investigação realizada pelas autoridades paraguaias com relação a Ronaldinho Gaúcho se trata de uma questão pessoal. A Agência não compactua com nenhuma ação que esteja em desacordo com as leis do Brasil ou de qualquer país. A indicação do ex-jogador como Embaixador do Turismo do Brasil é simbólica, honorária, e o trabalho desenvolvido é totalmente voluntário, sem ônus para a Embratur, que segue promovendo o turismo brasileiro no exterior por meio de campanhas e ações promocionais", informou a Embratur em nota enviada ao Estado.
Além de Ronaldinho, outras celebridades foram nomeadas para fomentar o turismo internacional do Brasil, como o mestre de jiu-jítsu Renzo Gracie, o cantor Amado Batista e a dupla sertaneja Bruno e Marrone.
Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis Moreira ficarão à disposição da Justiça do Paraguai por tempo indeterminado, segundo informou nesta quinta-feira o promotor Federico Delfino, responsável pela investigação contra os dois ex-jogadores por porte de documentos falsos.
O astro do futebol e o irmão, que gerencia sua carreira, foram detidos na quarta-feira e passaram a noite sob custódia das autoridades paraguaias após operação policial realizada na suíte presidencial do Hotel Resort Yacht y Golf Club, em Lambaré, vizinho a Assunção. Os brasileiros entraram no país com passaportes autênticos, mas com conteúdos falsos.
Ronaldinho afirmou, em depoimento, segundo o promotor, que identidades e passaportes foram "presentes" de uma pessoa que o convidou para visitar o Paraguai.