/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Esportes

Tite se esquiva de pergunta e evita polêmica envolvendo dirigentes da CBF

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Uma cena simples, mas representativa dos bastidores políticos da CBF, aconteceu momentos antes de Tite anunciar a lista de convocados para os amistosos diante de Rússia e Alemanha, nesta segunda-feira. A comissão técnica entrou no auditório da sede da entidade seguindo o coronel Antônio Carlos Nunes, presidente em exercício da entidade, e Rogério Caboclo, diretor executivo de gestão e futuro presidente - os dois, nessa ordem, puxaram a fila. Em comum à dupla, está o fato de terem chegado ao cargo mais importante da CBF graças a articulações do presidente afastado, Marco Polo Del Nero.

Ex-mandatário da Federação Paraense de Futebol, o coronel Nunes chegou à presidência graças a uma manobra eleitoral de 2015. Já Caboclo, executivo que de fato toca as contas da CBF, será aclamado presidente para o quadriênio que se iniciará em 2019 após Del Nero, mesmo afastado, conseguir enterrar a ínfima oposição que havia na CBF. Uma das únicas vozes dissonantes era a do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto. E ele foi nomeado para chefiar a delegação para os dois amistosos deste mês.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

As manobras políticas foram assunto na coletiva do técnico Tite, que evitou a todo custo gerar um mal-estar com os mandatários da CBF, sentados dois metros à sua frente. "Eu não gostaria de receber essa pergunta, porque acho que o momento não é propício", disse Tite. "Se teve o compromisso e nos foi dado por toda a direção de desenvolver o trabalho na seleção brasileira, ele tem que ser com os elogios e críticas pertinentes a ele."

Sempre ressaltando a questão ética no trabalho, o técnico demonstrou algum desconforto sobre o tema. "Claro que outros fatores (extracampo) podem ser abordados, mas em outro momento, de outra forma, com outras pessoas", afirmou Tite.

Sobre Francisco Novelletto ser nomeado chefe de delegação, o treinador pontuou que a função "não é da nossa alçada", referindo-se à comissão técnica. "Eu passei toda a lista de convocação antes ao nosso presidente, da mesma forma como a gente colocou, que seria assim nosso trabalho. Há um respeito, uma ordem de hierarquia, assim como de autonomia de trabalho."

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Por fim, Tite demonstrou que, se dependesse dele, o assunto não deveria ter sido abordado na coletiva que se seguiu à convocação. "Tem tanta coisa legal pra gente falar de seleção, de preparação importante... Não é fórum pra gente falar (sobre isso)", declarou.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.