/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Esportes

Lutador capixaba tetraplégico inspira superação desenhando estampas com o queixo

O rapaz, que era lutador de Jiu-Jitsu, ficou tetraplégico após sofrer um acidente durante um torneio. Para se manter conectado ao esporte, o jovem criou uma marca de camisas

Redação Folha Vitória
audima
audima
O jovem Gabriel ficou tetraplégico durante uma luta de Jiu-Jitsu Foto: Arquivo Pessoal
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Superação é uma boa palavra para definir a realidade do jovem Gabriel Diniz, de 19 anos. O rapaz, que era lutador de jiu-jitsu, ficou tetraplégico após sofrer um acidente durante um torneio. Para se manter conectado ao esporte, o jovem criou uma marca de camisas, na qual ele mesmo desenvolve as estampas.

Como não possui os movimentos dos membros, Gabriel utiliza um mouse sensorial e desenha com o queixo as estampas, que geralmente são voltadas para artes marciais. "As estampas são sempre pensadas para o mundo das lutas. Crio frases motivacionais pensadas para o esporte. As mais procuradas são as que vem com as frases 'Brazilian Jiu-Jitsu' e a 'Treino Difícil, Luta Fácil'", revela.

Diniz conta que iniciou as atividades no jiu-jitsu quando ainda tinha nove anos de idade. Ele fala que antes da luta, praticava futebol em uma escolinha. "Fui praticar jiu-jitsu pois estava acima do peso para continuar no futebol. No primeiro contato com a luta, me apaixonei", conta. 

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Gabriel nasceu no município de Alegre, localizado na Região Sul do Espírito Santo. Há um ano, ele se mudou para o município de Guarapari. "O objetivo da mudança foi a maior acessibilidade. Como moro na Praia do Morro, o calçadão é bem próximo para andar um pouco mais", diz. 

O acidente que deixou Diniz tetraplégico ocorreu em 2013. Ele fala sobre o ocorrido com poucas palavras. "Estava lutando com meu oponente quando em um movimento, que não sei o que ele quis fazer, infelizmente aconteceu", comenta.

Em meados de 2016, o capixaba resolveu investir no desenvolvimento de sua marca de camisas: a By Gabriel Diniz. Ele relata que fez cursos de design gráfico até alcançar o conhecimento necessário para criar estampas. "Foi uma forma que encontrei para que eu pudesse trabalhar com isso. Já gostava de lutas e vi uma forma de continuar próximo ao esporte trabalhando", disse.

Gabriel produz as estampas da camisa desenhando com o queixo Foto: Arquivo Pessoal
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

De acordo com o rapaz, as vendas só aumentam com o passar dos dias. "Faço vendas online, através do site www.bygabrieldiniz.com, e trabalho com pronta entrega também. Já vendi camisas até para clientes dos Estados Unidos. Posso dizer que as vendas são muito boas", afirma Diniz. Para desenhar as estampas, o jovem utiliza um mouse sensorial com o queixo.

Gabriel mantém as esperanças e torce para que a medicina avance a ponto de mudar sua situação. "Espero que a medicina evolua a ponto de mudar minha condição. Atualmente vemos a tecnologia avançando constantemente e isso me anima. Me resta esperar e jamais perder as esperanças", relata.

Diniz finaliza deixando uma mensagem para pessoas que passam pela mesma situação que ele ou se inspiram com sua história. "Digo para que essas pessoas lutem por aquilo que sonham. Jamais desistam. O melhor caminho é correr atrás daquilo que se deseja", ressalta.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.