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Esportes

Jogadores aceitam proposta de clubes e encerram greve na Argentina

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Buenos Aires - Chegou ao fim nesta quarta-feira a greve que paralisava o Campeonato Argentino. O sindicato dos jogadores, o Agremiados, aceitou a proposta feita pelos clubes e pela Associação de Futebol Argentino (AFA) em reunião realizada na sede do Ministério do Trabalho, em Buenos Aires.

O Campeonato Argentino, que nesta temporada segue o calendário europeu, teve uma pausa para as festas de fim de ano e uma intertemporada em janeiro, e desde então não retornou. Exceção aos que já estrearam na Libertadores, os clubes argentinos, como o San Lorenzo, rival do Flamengo nesta quarta-feira, não disputam partidas oficiais desde meados de dezembro. Foram 79 dias de paralisação.

"Chegamos a um acordo equilibrado e encerramos a reclamação. Tomara isso não volte a se repetir e que se tome a consciência de que há de se gerir bem o futebol", disse Sergio Marchi, presidente do Agremiados, em entrevista coletiva depois da reunião. Pelo acordo, todos os salários atrasados até janeiro serão regularizados.

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Os clubes argentinos, especialmente os de divisões inferiores, vivem caótica situação financeira depois que o presidente Mauricio Macri decidiu encerrar o programa Fútbol para Todos, bandeira dos governos Kirchner, que financiava o futebol argentino por meio de cotas da TV. Na semana passada, o governo pagou uma rescisão de 350 milhões de pesos (cerca de R$ 70 milhões) à AFA, encerrando sua participação no futebol.

Só que a maior parte do dinheiro foi para os grandes clubes, o que manteria os salários atrasados nos times menores. O sindicato bateu o pé e disse que os jogadores só entrariam em campo quando o dinheiro estivesse em suas contas bancárias. Por isso, a rodada do fim de semana passada foi cancelada poucas horas antes do início previsto do primeiro jogo, na sexta-feira à noite.

A dívida dos clubes com os jogadores, de acordo com os Agremiados, é de 410 milhões de pesos, dos quais 260 milhões em salários - o restante em direitos de imagem, bichos e luvas.

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De acordo com o jornal Clarín, na segunda-feira os 144 clubes começaram a receber os 305 milhões de pesos repassados pela AFA e a pagar os atletas. Além disso, uma emissora de televisão, a Trisa, pagou 40 milhões de pesos pelos direitos de transmissão da segunda e da terceira divisões, enquanto a empresa que comprou o naming rights do Campeonato Argentino adiantou uma cota de 16 milhões de peso. Esse dinheiro foi distribuído pelos clubes das quatro divisões inferiores profissionais - há outras, amadoras.

Os direitos de transmissão da primeira divisão ainda estão sendo negociados, mas a emissora que vencer a licitação deverá dar 1,2 bilhões de pesos como entrada. O dinheiro será repassado para que os clubes quitem suas dívidas trabalhistas, inclusive com outras categorias, como a dos técnicos.

Ainda de acordo com o Clarín, foi decisiva a atuação do governo, que pressionou Marchi, via Ministério do Trabalho, prometendo uma pesada multa caso a greve não fosse encerrada e ameaçando inclusive a figura jurídica dos Agremiados.

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