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Esportes

Revelado pelo Vasco, ex-jogador hoje vive pelas ruas de Cachoeiro

Gregório ficou nacionalmente conhecido em 1962, quando ficou responsável por marcar Mané Garrincha, no jogo memorável do Botafogo, no estádio Sumaré

Redação Folha Cachoeiro
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Gregório, o lateral esquerda do Estrela do Norte durante anos, vive pelas ruas de Cachoeiro de Itapemirim Foto: ​Alissandra Mendes

Quem olha aquele senhor de cabeços brancos passando pelas ruas, pedindo um copo d’água e um pouco de atenção jamais consegue imaginar que foi um grande jogador de futebol. Aos 70 anos, Ailton Eduardo de Medeiros Correia é pouco conhecido pelo nome, mas bastante reconhecido pelo apelido: Gregório.

Com 17 anos, começou a carreira no Juvenil do Vasco da Gama. Na época, ele morava em Bonsucesso, no Rio de Janeiro, com minha mãe. Dois anos depois, se mudou para Cachoeiro e foi jogar no Estrela. “Joguei uma temporada e fui para Vitória. Lá, joguei no Vitória e no Rio Branco-ES, mas nunca consegui ser campeão estadual”, conta.

Ao retornar para o Estrela do Norte, em 1962, Gregório soube que iria enfrentar o Botafogo do Rio de Janeiro. Com lotação máxima no estádio Sumaré, todos queriam ver de perto um dos maiores ídolos do futebol nacional, o Mané Garrincha. O Botafogo iniciou o jogo com Manga, Cacá, Zé Maria, Nilton Santos e Chicão; Airton e Didi; Garrinha, Amoroso, Amarildo e Zagalo. O Estrela foi campo com: Geraldo Latufe, Cuca, Adilson Caetano, Gregório, Pedrinho, Mário José, Zinho, Osmar, Alcenir, Jurandir e Volmir. O Alvinegro cachoeirense perdeu de 6 x 2 para o time, que era, na época, a base da Seleção Brasileira campeã do Mundo, mas os torcedores que estavam no estádio nem ligaram. 

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“Quando entrei no campo, o Garrincha quase me matou, mas isso foi só no primeiro tempo. Foi um grande jogo. Quando acabou o primeiro tempo, eu chamei o Mané e falei com ele: ‘não limpa a bola comigo, senão vou te dar no tornozelo’. Começou o segundo tempo e ele não me driblava mais não. Aquele jogo foi inesquecível para mim”, relembra.

O lateral esquerdo Gregório permaneceu por alguns anos no clube, e depois se transferiu para o Estrela de Espera Feliz, em Minas Gerais. Aos 32 anos encerrou a carreira depois de sofrer um grave acidente automobilístico e quebrar a perna. “Bebiba e futebol não combinam. Eu bebia muito e sofri o acidente. Sem contar, que a forma física nunca era a ideal”, ressalta.

O ex-atleta contou que o coração é vascaíno e estrelense. Além do futebol, uma de suas paixões é a música. Inclusive, o apelido ele ganhou depois que se apresentou no programa do Chacrinha cantando Gregório Barrios. Solitário, ele vive pelas ruas de Cachoeiro, mas garante que é feliz. “Tudo que ganhei com futebol, gastei com farra. Hoje quero paz e saúde para minha vida”, completa.

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