/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Entretenimento e Cultura

Morre Pierre Barouh, o 'embaixador' da música brasileira

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

São Paulo - Mais conhecido por sua participação no filme "Um Homem e Uma Mulher", de Claude Lelouch, ganhador da Palma de Ouro em Cannes há 50 anos, o ator, cantor e compositor francês Pierre Barouh morreu nesta quarta-feira, 28, em Paris, aos 82 anos, de insuficiência cardíaca, após cinco dias de internação hospitalar, segundo informou sua mulher Atsuko Ushioda. Barouh, que atuou e compôs alguns temas usados na trilha de "Um Homem e Uma Mulher", tendo como coautor Francis Lai, era considerado uma espécie de embaixador da música brasileira na Europa. Entre esses temas, destaca-se Samba Saravah (ou Samba da Benção), em parceria com o violonista e compositor Baden Powell, em que presta homenagem a vários músicos brasileiros, de Pixinguinha a Vinicius de Moraes.

Sua relação com o Brasil começou na juventude, quando Barouh, filho de judeus e morador do subúrbio parisiense de Levallois Perret, veio ao país nos anos 1960 com um time de voleibol, tornando-se amigo de compositores que criaram a bossa nova, entre eles Tom Jobim. Na volta, Barouh começou a compor, tendo como intérpretes grandes nomes da canção francesa, como Yves Montand, Françoise Hardy e Nicolle Croisille, sua parceira nas canções do filme "Um Homem e uma Mulher" (A l'ombre de Nous e Plus Fort que Nous, entre elas).

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

No filme, Barouh interpreta um dublê de perigosas cenas de ação, que morre durante uma filmagem. Sua mulher (Anouk Aimée), após sua morte, conhece um piloto de corrida e inicia com ele um romance. Na época, Barouh e Anouk eram casados na vida real. Ela continuou a carreira de atriz e ele só esporadicamente aparecia nas telas. Fundou o selo Saravah e lançou discos de músicos de países africanos, entre eles Pierre Adekengué, um dos precursores da world music, além de ter promovido compositores brasileiros como o percussionista Naná Vasconcelos.

Barouh também dirigiu um documentário sobre os primórdios da bossa nova, "Saravah", em 1972, além de outros três filmes. Ele trabalhou como ator em 20 deles, o último em 2010, "Le Marais Criminels". Sua última parceria com Lelouch foi em 2005, no filme "A Coragem de Amar".

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.