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Em 2016, Oceanos vai aceitar a inscrição de obras de autores lusófonos

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - A temporada de prêmios literários chegou ao fim da noite de terça-feira, 8, com a entrega do novato Oceanos. Criado por Selma Caetano e pelo Itaú Cultural depois da extinção do Portugal Telecom, ele escolheu Mil Rosas Roubadas (Companhia das Letras), obra de Silviano Santiago que mistura ficção, biografia, autobiografia e ensaio, como o melhor livro de um autor lusófono editado no Brasil em 2014.

A obra premiada resgata a história de amizade de quase seis décadas entre o narrador e Zeca, entre o autor e Ezequiel Neves, produtor musical e parceiro de Cazuza em Exagerado - daí o título. Um livro corajoso escrito por um dos principais críticos literários brasileiros.

"Foi um livro necessário. Eu queria deixar este depoimento, mas foi difícil pela convivência obsessiva - o romance tem quase 300 páginas - com um tema doloroso e que representa a condição de sobrevivente", disse ao jornal O Estado de S.Paulo após a cerimônia. Silviano sempre achou que morreria antes, e que "seu rastro" seria contado pelo amigo. "No momento em que o vi morrer decidi escrever essa história. É o livro de um sobrevivente, sobre a dor da sobrevivência. Uma dor muito maior do que a da mera perda", conta o escritor, que trabalha, agora, num romance sobre os quatro últimos anos de vida de Machado de Assis e cujo tema central será sua epilepsia.

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Este ano, Silviano Santiago foi, ainda, finalista do Prêmio São Paulo, mas quem venceu foi Estevão Azevedo, com Tempo de Espalhar Pedras (Cosac Naify). Silviano ganhou R$ 100 mil e Estevão, R$ 200 mil. Uma curiosidade: Tempo de Espalhar Pedras foi um dos 14 finalistas do Oceanos, mas não chegou a ficar entre os quatro melhores títulos de acordo com o júri, e isso traduz o que ocorreu com os prêmios este ano. Houve algumas coincidência nas listas de romances finalistas, mas não na hora da premiação.

Maria Valéria Rezende, autora do melhor romance do Jabuti e vencedora, também, do Livro do Ano de Ficção (somando, ela ganhou R$ 38.500), não viu seu Quarenta Dias (Alfaguara) na final de nenhum outro prêmio. Tércia Montenegro, que ganhou o Prêmio da Biblioteca Nacional (R$ 30 mil) com Turismo Para Cegos (Companhia das Letras), também não.

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O Oceanos distribuiu R$ 230 mil em sua primeira edição. O segundo lugar (R$ 60 mil) ficou para Por Escrito, de Elvira Vigna. O terceiro (R$ 40 mil), para A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa, que concorreu, também, ao São Paulo, e o quarto, para o livro de poemas Soccola de Feira, de Glauco Mattoso, finalista do Jabuti.

Mudança

A partir de 2016, o Oceanos vai aceitar a inscrição de obras de autores lusófonos não necessariamente publicadas no Brasil, informou a curadora Selma Caetano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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