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Entretenimento e Cultura

My Policeman: sem graça, filme com Harry Styles sofre "efeito Jade Picon"

Atuação do ex-One Direction deixa tanto a desejar que o personagem vivido por ele vira coadjuvante no enredo que deveria protagonizar

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação | Amazon Prime Video
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"My Policeman" estreou na Amazon Prime Video cercado de grandes expectativas. Todas frustradas. O longa tem um bom enredo, mas o encantamento é descartado devido a arrastada e completamente apática atuação do elenco.

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A emoção parece não ter sido escalada para participar da produção. Sem graça e com pouca — ou nenhuma — química entre os atores, o filme sofre com o "efeito Jade Picon".

Considerada uma das maiores influenciadoras do Brasil, a participação de Jade na teledramaturgia tem sido alvo de centenas de críticas nas redes sociais devido a falta de carisma. O longa dirigido por Michael Grandage segue pelo mesmo caminho.

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O filme é dividido em duas fases. O roteiro é baseado no romance de Bethan Roberts, mas há quem especule que a obra tenha inspiração na vida de E.M. Forster, romancista britânico que viveu entre 1879 e 1970.

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A primeira fase do longa retrata o ínicio do relacionamento do policial Tom Burgess, do curador de museu Patrick Hazlewood e Marion Taylor.

Tom, na primeira fase interpretado por Harry Styles, tem um romance gay secreto com Patrick (David Dawson). Na época em que a história é ambientada, a homossexualidade era considerada crime na Inglaterra. O jovem policial vive uma vida dupla com Marion (Emma Corrin).

Na segunda fase, Rupert Everett interpreta Patrick em um momento delicado da vida. O personagem sofre um derrame e precisa de ajuda para se locomover e se alimentar. Ele recebe amparo de Marion (Gina McKee), enquanto precisa lidar com o desprezo de Tom (Linus Roache).

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O enredo até tenta construir uma boa narrativa para o romance, mas perde todo o encantamento com a atuação dos atores. O personagem de Harry, por exemplo, que deveria ser o protagonista, torna-se quase um coadjuvante.

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Com quase duas horas de duração, a carga emocional que o enredo pede aparece apenas no desfecho. A cena final é a única que vale a pena assistir.

A fotografia também não agrada na maior parte do filme. Mesmo para uma produção de época, a imagem apresentada ao espectador é muito escura, principalmente em cenas internas.

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