Show de Gusttavo Lima em Colatina é cancelado por decisão judicial
Juiz Menandro Taufner Gomes afirmou que a propaganda do evento não informava ou orientava o público quanto ao uso de máscaras, conforme decreto estadual
Atualização: Na tarde desta sexta-feira (19), o desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e relator do caso, Annibal de Rezende Lima, suspendeu a decisão que impedia a realização do evento. O show será realizado.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02
Para mais informações, acesse a reportagem que explica a nova decisão.
Uma decisão da Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, de Registros Públicos e Meio Ambiente de Colatina havia determinado a suspensão da realização do show do cantor Gusttavo Lima, que seria realizado nesta sexta-feira (19), na cidade.
O evento estava marcado para acontecer na chamada Área Verde de Colatina e tinha previsão de público aproximado de 10 mil pessoas.
Na decisão, o juiz Menandro Taufner Gomes afirmou que a propaganda do evento não informava ou orientava o público quanto ao uso de máscaras, conforme decreto estadual.
Também destacava que não foi informada a lotação máxima de participantes no open bar, pista e área vip, nem a quantidade de ingressos para cada setor.
Em caso de descumprimento da decisão, a previsão de multa é de R$ 200 mil aos organizadores e à Prefeitura de Colatina.
Veja a decisão completa:
Organização recorreu da decisão
Mais cedo, em conversa com a reportagem do jornal online Folha Vitória, Nelinho Miranda, um dos organizadores do evento, afirmou que advogados iriam recorrer da decisão judicial. Para ele, a não realização do evento pode trazer prejuízos para a cidade.
"Fomos informados apenas de 24 horas antes do show. Mais de 300 pessoas que estão há cerca de dois anos sem trabalhar já estavam na expectativa. É um grande prejuízo para a cidade, hotéis e comércio. Ninguém consegue se reprogramar em apenas um dia", afirmou.
Sobre os protocolos de segurança contra a covid-19, Nelinho afirmou que estão sendo cumpridos e que a vacinação é uma exigência para participação no evento.
"Estamos pedindo comprovante de vacinação, compramos mais de cinco mil máscaras para distribuir na porta, dobramos o efetivo para atender a todos. Não somos contra uma decisão judicial, mas decidir em 24 horas é complicado", disse.
Justiça suspendeu decisão que impedia realização do show
Na tarde desta sexta-feira (19), o desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e relator do caso, Annibal de Rezende Lima, decidiu suspender a decisão do juiz Menandro Taufner Gomes.
O desembargador argumentou que, pela regras da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) em vigência, caso o município esteja em risco baixo shows podem ser realizados com até 50% da capacidade dos espaços.
Segundo os organizadores do evento, foram vendidos 10.174 ingressos para o show. O número está abaixo dos 50% da capacidade total do espaço onde ocorria o evento, que é de até 25.298 pessoas.