PEDRO PERMUY

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Entretenimento e Cultura

Milagre! Capixaba fica grávida de gêmeos com útero bicorno após 10 abortos

Com gêmeos idênticos e condição de útero "partido", caso pode ser primeiro registrado na história recente. Amanda Altoé mora nos Estados Unidos e é acompanhada por pesquisadores

Pedro Permuy

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Aos 40 anos, Amanda Altoé virou prova viva de um milagre.

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Depois de ser diagnosticada com útero bicorno (condição que faz o órgão ser “partido”), sofrer 10 abortos e ter desistido do sonho de ser mãe, a capixaba que mora nos Estados Unidos há pouco mais de dois anos está grávida de 6 meses de gêmeos univitelinos.

O caso, que é raríssimo, pode ser o primeiro caso registrado do mundo. Isso porque uma mulher que tem útero bicorno engravidar de gêmeos bivitelinos já é raro. Acontece em um caso a cada 500 milhões de pessoas, segundo estimativas de especialistas. De gêmeos univitelinos não há histórico recente.

“Até brinquei na família que eu mandava um Pix se alguém encontrasse alguma mulher nessa condição grávida de gêmeos univitelinos. Tenho toda a documentação, laudos dos médicos desde quando morava em Vitória e já tinha perdido as esperanças. Estou muito, muito feliz”, fala.

Com exclusividade à Coluna Pedro Permuy, Amanda relembra do último aborto que sofreu e relata da falta de esperança em ter uma gestação: “Não queria mais engravidar e perder. Meu último aborto foi em fevereiro e eu já sabia que tinha perdido. Já tinham abortos que eu nem ia mais ao hospital, ficava em casa direto. Aprendi a lidar com aquela situação”.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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Depois do último aborto, Amanda foi à Universidade de Utah, estado em que mora nos Estados Unidos, especializada em investigar casos de ginecologia e obstetrícia raros. Na ocasião, a capixaba fez dezenas de exames e levantou todos os diagnósticos possíveis. Nada foi descoberto. “A médica virou para mim e falou: ‘Seu diagnóstico final é que não temos resposta para te dar. Você é um caso sem resposta”, confidencia.

Após a negativa dos médicos da universidade, Amanda decidiu esquecer um pouco do projeto de virar mãe e decidiu apostar em outro estilo de vida. De uns tempos para cá, passou a só querer viajar e foi na Califórnia que ela descobriu a atual gravidez. “Fomos para a Disney e minha menstruação atrasou. Ele já tinha até marcado a vasectomia, que ele vai fazer agora em dezembro, porque já tínhamos desistido, e aí passou. Depois descobri a gravidez”, relata.

Reprodução/Arquivo Pessoal
Reprodução/Arquivo Pessoal
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Em seguida, Amanda ficou tranquila de que sofreria mais um aborto. Aos poucos, foi desenvolvendo a gravidez e chegou a ir ao médico para ver como estavam as coisas. “Falei com o médico direto que ou eu ia perder ou já tinha perdido. Mas estava tudo bem. Alguns dias depois eu sangrei e falei com meu marido: ‘Ah, perdi”.

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E continuou: “Foi como em todas as outras 10 vezes. E aí não desceu mais nada. Nem tinha mais sofrimento pelo aborto, tinha pelo que ele gerava. E aí uma semana depois sangrei mais um pouco e fui ao médico, porque precisava ver. A conclusão é que o sangramento é pelo útero bicorno e o bebê estava bem. Aliás, aí descobrimos que eram dois”.

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Amanda fala que foi ao médico e ele brincou: “Os corações estão batendo super bem”. “A gente ainda tem medo de perder, mesmo o médico falando que está tudo certo, está tudo bem. Mas faço acompanhamento quinzenal com especialista e o pré-natal quinzenal também. E tem um aparelho que comprei que mede o coração deles todos os dias”, conclui.

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E os dois babies já têm até nome: Thiago e Eric. “Foi uma grande surpresa. Muita gente querendo saber se foi fertilização e tal… Mas não. Estou na fase boa. E eles ainda estão no útero bicorno. E são gêmeos univitelinos, são idênticos! A médica, que é uma pesquisadora, disse que já viu alguns gêmeos bivitelinos, mas univitelinos nunca tinha visto, nunca viu. Agora é viver o sonho de ser mãe”, finaliza. 


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