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Entretenimento e Cultura

Chuck Hipolitho fala sobre "Click Clack", primeiro disco dos Forgotten Boys em quase 15 anos

Clássica banda paulista volta mais venenosa do que nunca em novo álbum, lançado pela Laja Records

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
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Foto: Wilmore Oliveira
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Em 1973 Iggy Pop cantou "I am the world's for.." ah, para, né? Quem gosta de rock no Brasil já está cansado de saber de onde os Forgotten Boys tiraram o nome da banda.

O que importa mesmo é que a banda está com um disco novo, depois de quase 15 anos. Podem comemorar, roqueiros dos anos 2000! "Click Clack" está disponível em todas as plataformas de streaming e também em mídia física, como o vinil. 

O álbum é o primeiro desde "Taste It", lançado em 2011, registro que foi uma novidade e também despedida. Este foi o último disco gravado pelo então baterista Flávio Cavichioli, que integrava o grupo desde 2001. Foi neste 'play' também, que o guitarrista Dionisio Dazul, fez sua estreia com a banda. 

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Quem se dispôs a conversar sobre o álbum foi Chuck Hipolitho, que está baterista e vocalista do grupo.

Dizemos que está, porque o músico já passou pelo baixo e pela guitarra da banda, mas dado seu reencontrado amor pelos tambores, é improvável que troque de instrumentos de novo.

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Chuck largou o Forgotten em 2008, mas decidiu que a vida de uma banda  como essa era mesmo a que ele queria e retornou em 2016.

Durante o período em que esteve longe dos Forgotten Boys, o músico teve uma vida prolífica e atarefada. Foi guitarrista e co-fundador do Vespas Mandarinas, banda com quem foi indicado a um Grammy Latino e surfou boas marés nas rádios de rock e pop brasileiras.

Também voltou à MTV, onde ficou como VJ até o fechamento das portas da emissora musical. Chuck já tinha trabalhado por lá antes, como diretor, no final dos anos 1990 e início dos 2000. Você gostava do "Piores Clipes do Mundo" com Marcos Mion? Pois é, era ele quem assinava a direção. 

"Click Clack" traz uma banda que soa mais como ela mesma, que olhou para dentro como fonte de inspiração, como define o músico, um lendário bad boy/bom moço, que falou sobre tudo. 

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No papo há espaço inclusive para sua nova vocação, batera do Cansei de Ser Sexy, banda de sua esposa Luísa Matsushida, mais conhecida como Lovefoxx.

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Chuck, no "Click Clack" eu notei que vocês fizeram um som um pouco diferente talvez do que normalmente é o Forgotten, talvez com um pouco mais de "swing", você concorda? 

As pessoas têm comentado o que acharam sobre o disco. Eu tenho falado que o Forgotten, desde que entrei em 98, tem uma coisa de ser muito referencial. Das pessoas ouvirem e falarem: aqui tem Ramones, tem Stooges, tem MC5, mas mesmo assim você identificava que a banda tinha uma voz própria, mas talvez a coisa das referências falasse mais alto. 

Hoje em dia eu acho que a banda se aprimorou, se intensificou, acho que você ainda pega referências e influências, mas acho que esse disco tem essa característica porque olha pra dentro e não para fora. 

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Acho que teve a gente mesmo como influência, porque foi feito bastante em conjunto, a gente acabava fechando as músicas no estúdio, então acho que acabou trazendo essa característica de unidade, de um jeito que o Forgotten não tinha antes. 

É um disco que evita, entre aspas, os clichês do rock pesado, então tem pouquíssimos solos de guitarra e sobra mais espaço para você entender as canções e o ritmo delas. 

Com relação ao swing, talvez seja porque eu sou o baterista da banda agora e tenho essa característica no jeito de tocar. E eu sendo o baterista, acho que acabei conduzindo algumas coisas e o pessoal também tem groove, mas de repente juntou o groove de todo mundo e isso acabou se amplificando pela química atual. É um disco de uma banda que amadureceu. 

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Esse disco demorou um bocado para sair, levando em consideração que o último foi o "Taste It", vocês têm dado atenção ao material do último álbum? 

Sim, até no setlist que a gente está fazendo, temos dado uma atenção para as músicas justamente do "Taste It", porque é o primeiro disco que o Dazul, nosso guitarrista gravou. 

São as músicas que mais se encaixam com a gente, tocando hoje em dia, justamente porque têm ele. É realmente bastante tempo sem lançar um disco. 

Mas eu acho que quando o Forgotten começou, tinha uma ânsia de lançar, lançar e lançar, hoje em dia a gente entendeu que só vamos lançar algo quando realmente fizer sentido. 

O disco foi gravado ao vivo em estúdio, né? Tem uma energia bem característica da banda, essa coisa do ao vivo, algo que evoca o "Gimme More".

Foto: Wilmore Oliveira
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O Forgotten nunca conheceu outra opção de gravação. Quando eu entrei na banda e a gente gravou o primeiro disco e o split foi na fita. E não porque era moderno, como Dave Grohl resolveu depois transformar isso num fetiche, era o que tinha no estúdio e para gravar na fita tem que ser ao vivo, não tem jeito.

Para a gente, o Forgotten Boys sempre foi uma coisa que a banda precisava saber tocar e tocar junto, esse é o jeito mais rápido de tirar o suco do Forgotten. A hora que a gente decidiu gravar o disco novo, a certeza era: vai ser gravado ao vivo.

No início minha ideia era regravar músicas antigas e elas teriam um novo sabor, mas quando a gente começou a ensaiar, vieram as músicas novas e a gente ensaiou e gravou exaustivamente.

Quando a gente marcou o estúdio, a gente tinha três dias inteiros e isso sim ajuda a capturar a essência da banda. A força de uma performance roqueira ao vivo, com todo o veneno, com todas as não linearidades que aparecem ali.

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Depois a gente gravou a voz e a voz sim teve um trabalho muito grande, de gravar o melhor take. Mas aquilo ali é 100% a banda tocando junto.

Se não for assim, você fica perdendo tempo, a gente é de uma geração digital que começou a viver em neurose com isso, com filtros e tentar ser perfeito de um jeito que não é humano.

Você ter a capacidade de primeiro tocar junto, executar e ter a astúcia de ouvir o que você fez, olhar para aquilo e ter uma foto sincera, ficar contente com isso, satisfeito e pular para a próxima, parece uma coisa banal, mas é um exercício budista quase.

É ver a coisa, lidar com a coisa, estar contente com ela e partir para a próxima. Acho que hoje em dia, com a maturidade, a gente consegue ter essa capacidade, e isso foi explorado ao máximo.

Não tem que ficar tirando mil fotos e depois dessas fotos tiradas é que você vê o que tem. 

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E como foi essa transição de sair da frente do palco para trás? Como é ser o baterista da banda agora? Quando você compõe, como pensa no instrumento? Qual o papel dele? 

Bom, a bateria é meu primeiro instrumento e quando comecei a tocar bateria, era muito influenciado por tudo: rock nacional, Deep Purple Ramones, eu tinha uma banda cover com amigos na minha cidade e acabei imitando um pouco esses estilos, sendo influenciado por eles. 

Quando vim para São Paulo, eu acabei entrando pro Forgotten e virei guitarrista, baixista, vocalista, compositor, engenheiro de som, produtor musical. Depois de sair do Forgotten também tive uma carreira bem prolixa com o Vespas. 

Desde sempre por ter tocado bateria a vida toda, sempre vi a bateria como um instrumento fundamental para o rock e música, mas como algo que desse suporte ao instrumental e não algo que chamasse atenção o tempo todo. 

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O Click Clack é um disco que não tem bateria multo alta. As pessoas até brincavam porque eu era baterista e produtor do disco, e me diziam "é, você foi modesto aqui com a bateria, hein?" (risos). 

Mas é assim que tem que ser, a bateria empurrando o instrumental e não aparecendo mais que todo mundo. Quando componho a bateria é no sentido de completar o instrumental. 

O Forgotten é uma banda banda de guitarristas. Eu e o Zé (Mazzei, baixo), temos que criar uma fundação para que essas guitarras possam aparecer e estar no lugar delas. 

Poder hoje me reconectar com esse instrumento é uma coisa muito realizadora para mim, eu acabei de voltar de duas turnês com o Cansei de Ser Sexy, na Europa e Estados Unidos, e sinto que me reencontrei com esse instrumento, me profissionalizei com ele. 

Eu penso que a bateria tem que dar suporte e não chamar mais atenção que a própria canção. É tocar de um jeito econômico e orquestral, é quando você toca de um jeito não numericamente, mas musical, é o que faço em todas as bandas que tive. 

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O Forgotten sempre foi conhecido por ter bateristas excepcionais, como o Arthur (Franquini) e o Flávio,  como foi ocupar esse posto e achar sua própria voz? 

Sim, em primeiro lugar sempre foi uma banda de bateristas marcantes. Primeiro com o Arthur, que começou a banda, ele era compositor de músicas muito importantes no começo, mas infelizmente perdemos ele de uma forma muito trágica, né?

Depois teve o Flávio que era um baterista ótimo, muito vigoroso. E eu, a bateria é meu instrumento principal, para falar a verdade. Quando eu entrei na banda, toquei baixo, guitarra, aprendi a cantar e compor virei uma pessoa que estava na frente.

Logo que o Arthur decidiu sair da banda, o Forgotten quase acabou. A gente tinha 6 músicas para gravar em um split com o Killer Dolls e eu falei: eu gravo a bateria. Foi esse split que renovou a linguagem do Forgotten e logo depois o Flávio entrou para a banda. 

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E uma curiosidade: quando o Taste It saiu, eu fiz o show de lançamento na bateria. A química que eu tinha ali como o Gustavo (Riveira, guitarra e vocal) e o Zé, era a mesma. 

E como você tomou essa decisão de voltar para a banda? Porque você ficou bastante tempo fora e eu pensava até que tinha se cansado de tocar ao vivo. Quando você voltou foi uma coisa legal, meio que todo mundo falando "Chuck voltou pro Forgotten". 

Olha, cara, conforme a banda foi crescendo e ganhando destaque, eu fui tendo outras vontades dentro do Forgotten, de me arriscar com o rock nacional, expandir um pouco os horizontes. 

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Mas eu esbarrava dentro da banda em intenções que eram diferentes das minhas e isso é uma coisa muito normal. Isso me frustrava e acho que devia frustrar a banda também. 

Naquela época a gente era muito jovem e assim, cara, era difícil a rotina da estrada, era um pouco estressante. Estava estressante lidar com todos os membros da banda, tinha muito atrito, era uma coisa chata. Isso me levou a sair do Forgotten em 2008. 

Daí eu fundei o Vespas, que teve uma carreira legal também. A gente tocou em rádio, foi indicado ao Grammy, consegui exercer esse negócio de fazer uma coisa mais pop. 

Acontece que o clima interno do Vespas começou a ficar frustrante também, porque era muito chato estar naquela banda. Aí fui começando a perceber que estava muito desconectado de mim mesmo e que a minha essência estava na bateria. 

Eu tinha um carinho bem grande pelo Forgotten, mas também um pouco de "bode", sabe? 

Em 2016 eu estava com o Gustavo em uma festa e ele disse que o baterista estava sempre dando problema, que não estava dando certo, que estava desanimado com ele. 

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E eu dizendo "que bosta, porque eu também estou super desanimado com o Vespas", ficou um reclamando com o outro (risos). E aí ele me perguntou se eu não tinha vontade de voltar a tocar com eles e eu disse: só se for na bateria. Ninguém ia sair da banda para eu entrar, então uniu o útil ao agradável. 

A gente fez um ensaio e foi maravilhoso. Então foi mesmo isso "Chuck voltou pro Forgotten". A gente continuou tocando, gravamos um disco que está com esse mesmo sentimento incrível. 

E falando de alguns outros projetos, você está no Cansei de Ser Sexy e também tem o TUM, que é a com a Lovefoxx. Pode falar desses projetos? 

Cara, isso tem a ver com a minha história e da Luísa, a gente se conhece desde o início dos anos 2000. De um jeito super maravilhoso e inusitado, mas a gente teve um romance bem ali em 2001, mas éramos muito jovens e muito imaturos e esse relacionamento não foi para frente. 

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Logo depois disso a gente foi para caminhos separados, a Luísa acabou fundando o Cansei de Ser Sexy e estourou, foi embora do Brasil. Ela sempre teve um lugar especial no meu coração e era admirável ver o que estava acontecendo com ela, mesmo à  distância. 

Porque a pessoa que eu conheci antes de tudo isso já era essa pessoa absurdamente brilhante e talentosa que ela é. Hoje a gente está casado e muito mais próximo. 

Tenho a convicção de que ela é a artista mais foda e talentosa que eu conheço, já conheci ou vou conhecer. É um poder muito grande o que ela é capaz de fazer. 

Nesses 20 anos que a gente ficou separado, em algum momento eu tentei procurá-la, mas ela não estava nem aí, não quis nem saber de mim, cara (risos). Ela ficou magoada e me esqueceu mesmo, totalmente. 

Mas em 2022 ela me mandou uma mensagem e a gente se reencontrou pra sempre. A saudade era muito grande, a vontade de ficar junto era muito grande. A sensação do que a gente perdeu era forte. 

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Ela morava em Garopaba e com a distância a gente começou a compor músicas que lidavam justamente do nosso relacionamento. E quando vi o poder de composição da Luísa, de como ela elabora e coloca o sentimento, vi que nunca tive contato com um talento desses. 

Acho que é a coisa mais bonita que eu já fiz, ela concorda. É a coisa mais bonita que a gente fez, o álbum se chama "GEMA". A gente compôs e gravou à distância, fez uns três shows,  porque a Luísa não tem disposição para ficar tocando. 

O que ela quer fazer mesmo é pintar. Acabei de deixá-la no estúdio dela, ela pinta maravilhosamente e está indo muito bem. 

É um disco maravilhoso, talvez saia em CD. Mas, cara, esse reencontro do Cansei de Ser Sexy. Elas estavam falando em voltar para uma turnê de 20 anos, até onde elas conversaram , é única. 

É a última oportunidade de ver o Cansei de Ser Sexy. E quando me chamaram, eu disse: óbvio que topo ser o batera. Corri atrás de entender a história e a carreira delas. 

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Eu fiquei de cara com a capacidade lírica da Luísa, da forma de compor a maioria das letras que ela escreveu. Com isso eu também conheci as meninas, que se tornaram família para mim. 

Com isso a gente fez um show no Primavera Sound, que foi um marco na carreira delas. Eu nunca tinha atuado profissionalmente desse jeito. Também já voltamos para a Europa e em janeiro vamos para o Japão fazer um show lá. 

É um momento muito absurdo da minha vida, então, cara, em primeiro lugar é muito emocionante estar envolvido. É muito foda, depois de o mundo ter dado tantas voltas, estar participando dessa tour de 20 anos. 

A impressão que tenho é que é a última vez que vão tocar porque a banda não tem mais vontade de tocar apesar de estar muito feliz fazendo isso nessa tour.

Ver o que a Luísa é no palco, como cantora, sabe? É um espetáculo. O Cansei de Ser Sexy se tornou uma das melhores bandas que eu toquei ao lado, a mais incrível junto do Forgotten. 

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Outro projeto que eu curti muito foi o Love Bazukas, que você fez com o Black Drawing Chalks. Como foi compor aquelas músicas? 

Na época a gente entrou no meu estúdio e saiu com aquelas músicas, mas com outro nome para a banda, ia se chamar Speed Bandeirolas. A gente chegou a fazer uns shows juntos. 

A gente se encontrava na estrada e meio que a galera, naquela época, me identificava muito com o Forgotten, então o projeto meio que ficou marcado como se tivesse "unido" as duas bandas, sabe? Foi muito legal mesmo. 

A gente está indo para Goiânia e naquele repertório que fiz com eles, tem duas músicas que estou pensando em reciclar para usar com o Forgotten. 

E para finalizar, a pergunta clichê: quando o Forgotten vem para o Espírito Santo? 

Foto: Wilmore Oliveira

A gente não vê a hora! O Mozine está muito empolgado e entusiasmado com o disco. Ele já me levou uma vez em um bar daí que se chama ou se chamava Liverpub. 

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Me levou para a gente se ver, ficar um tempo juntos e comer um caranguejo. Ele é um parceiro de estrada, assim como o Rafael Ramos, da Deckdisk. A gente tem esse trio, eu e eles. 

A gente manda conteúdo um para o outro, conversa sobre as coisas o tempo todo para poder ter um feedback de uma pessoa legal, sincera, honesta, que tenha visão artística. 

Os discos do Mukeka, quando estão sendo gravados, eu já estou escutando tudo, cara (risos). A gente tem uma troca e esse disco do Forgotten que o Mozine lançou, o Rafael escutou muito também. Ter o disco lançado pela Laja é muito foda, é o selo independente mais importante do Brasil, eu acho. 

A gente já tocou em Vitória e Vila Velha outras vezes. E posso te dar certeza absoluta: o Forgotten vai tocar aí. Estou te prometendo que vamos para Vitória. Você vai ver  o Forgotten em sua melhor fase. 






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