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Moonwalkers: patins tecnológico do futuro viraliza na web. Veja o que é caso

Metade sapato, metade patins: acessório tem motor elétrico e 8 rodas com tração controlada por inteligência artificial - e permite caminhar até 11 km/h

Redação Folha Vitória

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Foto: Divulgação/Shift Robotics
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Os Moonwalkers lembram os patins antigos que eram amarrados aos sapatos, mas são completamente diferentes: quando você os utiliza, movimenta as pernas como se estivesse caminhando, não patinando.

Criado pela Shift Robotics, o dispositivo representa uma inovação. Eles podem ser acoplados ao seu calçado, proporcionando uma caminhada mais rápida e com total segurança.

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A empresa estadunidense emprega um sistema de controle de tração: ambos os pés se comunicam constantemente, via Bluetooth, centenas de vezes por segundo.

Foto: Divulgação/Shift Robotics

Esse processo é realizado por um software que opera de maneira sincronizada em ambos os Moonwalkers. Dessa forma, eles determinam qual pé está à frente e a quantidade precisa de força aplicada em cada perna, ajustando a potência dos motores de acordo com essas informações.

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Você controla a velocidade de forma natural, simplesmente com o movimento das pernas. Quando desejar parar, basta interromper a caminhada e frear suavemente em menos de 1 metro.

Foto: Divulgação/Shift Robotics
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De acordo com a Abril, cada um dos patins pesa 1,9 kg (oito vezes mais pesado que um Nike), e suas baterias recarregáveis oferecem uma autonomia de 8 a 11 km, variando conforme o peso do usuário e a inclinação do terreno.

Para efeitos de comparação, os e-scooters podem atingir velocidades entre 24 e 40 km/h, enquanto uma pessoa comum caminha a uma média de 4,8 a 6,5 km/h.

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A tecnologia deste projeto permite passos três vezes mais rápidos do que a média humana, possibilitando desacelerações e paradas instantâneas por meio de movimentos pré-programados, caso surjam obstáculos, como escadas, pessoas, objetos ou diferentes inclinações.

Além disso, o sistema consegue aprender o padrão de movimento do usuário em sua rotina, exigindo apenas 10 passos para se adaptar ao equipamento.

Foto: Divulgação/Shift Robotics

A Shift Robotics arrecadou mais de 320 mil dólares em financiamento coletivo no Kickstarter para produzir esses “sapatos” inteligentes, anunciados como “os calçados mais rápidos do mundo”.

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Segundo a Fast Company, a ideia para os Moonwalkers surgiu quando Xunjie Zhang quase foi atropelado por um carro enquanto estava em sua scooter na rua. Ele projetou esses calçados para uso em calçadas, reduzindo o risco de colisões.

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Para usar os patins, as pessoas precisam calçar seus sapatos comuns e encaixá-los nas tiras dos sapatos robóticos. A experiência é semelhante à sensação de caminhar em uma esteira rolante, que foi a inspiração de Zhang.

Ele se perguntou: “E se pudéssemos pegar emprestada a ideia de uma passarela, mas miniaturizar em sapatos, para que eles possam servir ao propósito de uma mini passarela rolante?”

Foto: Divulgação/Shift Robotics

Quando se trata das soluções de micromobilidade, os Moonwalkers representam uma tentativa digna de revolucionar uma indústria que causou mais de 70 mil feridos e cerca de 50 mortes nos EUA entre 2017 e 2021. 

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Porém, apesar de sua aparência descontraída, esses calçados também têm o potencial de causar acidentes.

APERFEIÇOAMENTO

Foto: Divulgação/Shift Robotics
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Em 2018, após concluir seus estudos no Instituto de Robótica da Carnegie Mellon University, Zhang fundou a Shift Robotics. Desde então, os Moonwalkers passaram por nove significativas iterações de design.

A versão inicial possuía duas rodas em cada lado, assemelhando-se aos patins convencionais de quatro rodas. Era controlada por um pequeno motor enquanto o usuário utilizava um microcontrolador e uma bateria fixada à cintura.

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De acordo com a Fast Company, a versão final apresenta oito rodas no total: três de cada lado, uma na parte traseira e outra na dianteira.

A equipe de Zhang empilhou duas das rodas laterais, permitindo-lhes dobrar o raio de rolagem, possibilitando a passagem suave por lombadas e fissuras na estrada, sem a necessidade de aumentar o tamanho das rodas.

ASSISTA UM TESTE:

A experiência geral para o usuário é bastante inteligente, segundo a Fast Company. 

Para evitar deslizes na calçada, os sapatos começam no “modo travado”, com os freios ativados. Para destravar as rodas, basta levantar o calcanhar direito e movê-lo em direção à perna esquerda até que uma luz LED na lateral fique verde.

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Para retornar ao modo de bloqueio, basta parar e levantar o calcanhar direito novamente. Isso trava as rodas, permitindo subir escadas ou entrar em um ônibus sem a necessidade de removê-los. 

Como o lema da campanha do Kickstarter declarava: “Para andar mais rápido, basta andar mais rápido. Para desacelerar, ande mais devagar. Para parar, é só parar de andar.”

Foto: Divulgação/Shift Robotics

Quando Elissaveta Brandon, colaboradora da Fast Company, experimentou um par desses, levou cerca de 20 passos para se adaptar a "caminhar" novamente. 

"Primeiro por causa do peso: os sapatos foram feitos para me ajudar a me transformar no Papa-Léguas, mas, em vez disso, me senti como o Bambi calçando botas de esqui."

Segundo ela, foi necessário um ajuste mental - um lembrete constante de que não era necessário empurrar as pernas para baixo e para fora, como fazem ao patinar, mas apenas caminhar naturalmente.

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A jornalista usou os Moonwalkers por aproximadamente 10 minutos - tempo suficiente para dar uma volta em um quarteirão no Brooklyn. Elissaveta contou que o primeiro trecho foi um pouco instável.

"Quando peguei o jeito, o medo de quebrar uma perna foi dando lugar à adrenalina. Assim que completei a volta, comemorando minha corrida de teste impecável, perdi o equilíbrio e agarrei a primeira pessoa ao meu lado."

Foto: Divulgação/Shift Robotics

"Aqui devo comentar que já fiz aulas de patinação no gelo. Passei inúmeras horas de domingo andando de patins e joguei hóquei no gelo na adolescência. Ou seja, tenho um bom equilíbrio – e, ainda assim, o perdi em um par de Moonwalkers."

Em conclusão, ela acredita que os patins funcionarão mais para passeios divertidos do que como uma ferramenta de micromobilidade. Por 1.399 dólares, Elissaveta prefere comprar uma bicicleta elétrica. Ou continuar caminhando – o que, felizmente, ainda é de graça.

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